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Rita Lee Jones

  Meu contato com Rita Lee, e, imagino, o de milhões de pessoas que entraram na adolescência nos anos 1980, foi “Mania de Você”, um estouro nas rádios de todo o país em 1979. Não havia, no ar do Brasil daqueles tempos, nada mais sensual que versos como “meu bem, você me dá água na boca/vestindo fantasias, tirando a roupa”, pelo menos, nenhuma música que tivesse sido composta e cantada por uma mulher. Nos anos seguintes, nem lembro mais, sou péssimo nisso, quando a Globo levou ao ar seu TV Mulher, coube a Rita escrever a música-tema do programa, “Cor-de-Rosa Choque”, incluindo o que terá sido a primeira referência explícita à menstruação na MPB (“mulher é bicho esquisito, todo mês sangra”). O sucesso foi enorme. Eram os primeiros anos da abertura política, e as centenas de milhares de discos vendidos comprovavam, que havia um público enorme ansioso pela liberdade e pela alegria que as letras e a própria persona de Rita Lee Jones, que morreu em São Paulo nesta terça-feira (9), aos 75

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