Bom dia gestores,
“Nós queremos adaptar o veículo para aquilo que o cliente quer”, disse Bill Barret, gerente nacional de logística na instalação de Newark. “Nós construímos o carro que eles querem”.
Se você compra um
Toyota fabricado no Japão, onde você acha que a última etapa de
produção e montagem ocorre? Se a compra acontece nos EUA, esta
última montagem ocorre em um porto próximo a Nova Iorque.
Os carros são
importados do Japão e a última parte da montagem ocorre bem próximo
ao cliente. A finalização é atrasada o máximo possível, isto é
o postponement,
Postponement é um conceito logístico no qual as operações de distribuição e manufatura não são realizadas ou personalizadas até a identificação da quantidade ou localização da demanda, o objetivo, é diminuir os riscos da produção especulativa (operações empurradas), aliando custos e variedade de produtos em uma mesma estratégia, permitindo que a organização atenda as necessidades específicas de seus clientes resultando em ganhos em termos de vantagem competitiva, contribuindo para que a empresa mantenha seus clientes atuais e polarize novos consumidores.
Postponement é um conceito logístico no qual as operações de distribuição e manufatura não são realizadas ou personalizadas até a identificação da quantidade ou localização da demanda, o objetivo, é diminuir os riscos da produção especulativa (operações empurradas), aliando custos e variedade de produtos em uma mesma estratégia, permitindo que a organização atenda as necessidades específicas de seus clientes resultando em ganhos em termos de vantagem competitiva, contribuindo para que a empresa mantenha seus clientes atuais e polarize novos consumidores.
Portanto, não é surpresa que a
montadora japonesa tenha equipes que verifiquem e reparem algum
problema que tenha acontecido durante o transporte. O que nos
surpreende um pouco é que algum trabalho de customização aconteça
bem próximo do cliente, quando o carro já está importado. Estas
etapas incluem instalação de comunicação Bluetooth, GPS, tapetes
diferenciados ou do rack no teto.
As instalações da
Toyota junto ao porto de Newark tem quase 400 mil metros quadrados. É
praticamente uma pequena planta de produção, apesar de todo o
trabalho – o que chamam de “instalação no porto” das opções
para 21 modelos diferentes – ser feita basicamente com ferramentas
simples, ao invés de robôs controlados por computadores. Cerca de
185 funcionários trabalham nas diferentes estações: lavação,
controle de qualidade e 5 centros de produção.
Ao adicionar itens tais
como tapetes ou aparelhos de GPS nos centros de distribuição ao
invés de o fazer nas fábricas, a Toyota dá aos consumidores e
chance de mexer nos pedidos até 2 dias antes de o veículos chegarem
aos EUA. E também dá aos vendedores uma chance de se destacar da
concorrência, podemos verificar o nível de serviço oferecido ao
cliente.
“Nós queremos adaptar o veículo para aquilo que o cliente quer”, disse Bill Barret, gerente nacional de logística na instalação de Newark. “Nós construímos o carro que eles querem”.
O trabalho seria
paralisado sem Rui Sousa, cujo trabalho é comprar os acessórios
diariamente de vários fornecedores, de acordo com as expectativas e
previsões para os próximos dois dias. A chave, segundo ele, é
diminuir o volume de acessórios para carros pouco populares ou que
estão passando por mudanças no modelo, e manter estoque suficiente
para os mais populares, podemos identificar a classificação ABC.
“Estamos tentando
encontrar o equilíbrio adequado”, disse Sousa, que afinou seu
sistema tão bem que o tamanho dos estoques just-in-time foi
diminuído em 66% durante os últimos 4 anos.
Este é realmente um
bom exemplo de uma estratégia de postponement: atrasar a
diferenciação do produto até que a demanda, se ainda não é
totalmente conhecida, é ao menos “menos desconhecida”. Ao fazer
a finalização em Newark dá aos vendedores várias semanas para
determinar se eles realmente precisam daquelas rodas chiques ou do
GPS nos carros.
A alternativa a fazer o
trabalho no porto seria deixar que o vendedor faça a instalação
dos acessórios, o que também existe. No entanto, a instalação
centralizada deve ter alguma vantagem em relação aos vendedores.
Primeiro, consegue-se
um trabalho mais consistente. Isto não faz diferença para alguns
eletrônicos que basta ligar um cabo e estão prontos, mas faz
diferença quando modificações físicas são necessárias, como por
exemplo quando os racks são parafusados no teto.
Segundo, o estoque
centralizado diminui os custos ao exigir menos estoques. Um grande
volume de estoque em Newark certamente é maior do que cada um dos
revendedores teria, mas muito menor do que a soma de todos os
pequenos estoques que todos os revendedores teriam que manter.
Sucesso a todos,
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