Olá gestores,
A inovação faz parte do dia a dia de todas as startups. Como
sempre comento em sala de aula, apenas uma ideia na cabeça muitas vezes não é o
suficiente para fazer um projeto inovador dar certo.
Há diversos pontos a se analisar como o perfil do público,
qual o melhor produto, como será oferecido, o preço ideal, entre outros fatores
que podem definir o sucesso de um bom projeto ou se ela irá morrer antes mesmo
de nascer.
Uma maneira de responder essas questões como estas e evitar
perder grandes investimentos, é recomendado montar um MVP (Minimum Viable
Product, ou, em português, Produto Mínimo Viável), que funciona como um
protótipo da ideia final. É um conjunto de testes primários que tem como
objetivo provar as hipóteses base do produto.
Ao desenvolver um MVP, é importante que o empreendedor tenha
em mente que está realizando um experimento e, como tal, a ideia é executá-lo
com o menor custo possível. Ele deve ser dinâmico e rápido para mensurar
resultados.
O MVP não precisa, obrigatoriamente, ser o produto final.
Pode ser uma parte independente a ser somada com o todo. Se a nossa ideia é
montar uma padaria de pães artesanais. Com poucos recursos, talvez não seja
possível testar todas as variáveis que envolvem uma padaria de uma só vez
(local, divulgação, mercado, estrutura). Neste caso, o MVP poderia ser,
inicialmente, apenas o pão.
Partindo deste modelo, todo empreendedor consegue criar e
avaliar o MVP seguindo três etapas básicas:
1 – Escolha da hipótese, a primeira jogada desse xadrez é a
definição de quais respostas se quer obter para o seu produto, tendo em mente
que quanto menos variáveis testar por vez, maior controle sobre a análise de
resultados. No caso específico do pão, alguns exemplos de hipóteses a serem
validadas poderiam ser: se é gostoso, se as pessoas comprariam, qual o perfil
de mercado, qual o preço, e outros, lembrem-se que já vimos algumas ferramentas
de avaliação em nosso blog (entrevista de empatia e teste de fumaça).
2 – Criação e
execução, após a escolha da hipótese a validar, se o produto irá dar certo ou
não, é hora de colocar a mão na massa e executar o MVP. “Asse o seu pão” e
ofereça para as pessoas. É importante
excluir pessoas próximas, amigos ou parentes, pois qualquer tendência pode
interferir nos resultados.
3 – Avaliação, na hora de avaliar os resultados (usando
ferramentas indicadas) do MVP, é comum se deparar com múltiplos caminhos a
seguir.
Então se as hipóteses foram validadas, as pessoas realmente
gostaram do seu pão ou já tem o público bem definido, você pode:
- Voltar a primeira
etapa e partir para uma nova hipótese para continuar avaliando mais a fundo seu
produto;
- Iniciar o serviço ou produto final com base nos
indicadores obtidos com o MVP;
- Pivotar, ou seja,
mudar o plano do seu produto de acordo com insights que possa ter descoberto
enquanto rodava seu MVP.
Suponhamos que os resultados indicam que as pessoas gostam
do pão, mas não estão dispostas a ir até o local escolhido para comprar, uma
boa estratégia seria pivotar para uma padaria delivery ou uma padaria online
que atenda a região.
E se deu zebra? A casa caiu!, Deu ruim!!!!,
Se a análise de resultados do seu MVP não for positiva ou
for inconclusiva, não significa, necessariamente, o fim do negócio, as pessoas
não gostaram do seu pão, ok? Mas será que foi oferecido para as pessoas certas?
Se ele for vendido de outra forma, será que vão gostar? Muitas vezes, é preciso
recomeçar os testes ou simplificar o MVP para avaliar as hipóteses
separadamente e identificar o ponto a ser alterado.
Lembre-se que o mais importante de todo o processo de
avaliação de um MVP é o aprendizado. Em todo tempo precisamos pensar no que
estamos aprendendo com cada feedback e é fundamental estar aberto para novas
possibilidades de negócio. O empreendedor precisa ter o feeling de resposta do
mercado e, se for o caso, pivotar a tempo.
Um abraço a todos e sucesso,
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