Boa noite gestores,
Em 2010 na campanha eleitoral de Dona Dilma, Lula a chamou de “mãe do PAC”, seu nome foi associado a obras faraônicas, que como
todos tem acompanhado nos mais variados meios de comunicação até agora não
foram entregues.
Mas a principal ideia do novo governo estava atrelada à
mobilidade, o problema é que durante o mandato, o que aconteceu foi uma piora
da logística, o que era ruim ficou pior segundo pesquisa.

Os gastos das empresas com a intralogística, transporte,
armazenagem, administração e estoques subiram de 10,6% do PIB para 11,5%, com aumento
acentuado nos transportes, houve um salto de R$ 391 bilhões para R$ 507 bi com a
logística, Dona Dilma e Lula prometeram mas não entregaram, como sempre muita
retórica e nada de atitude
Essa pesquisa do ILOS, já é clássica, nós profissionais
de logística ficamos esperando, para fazer uma análise dos processos, e temos
algum histórico no nosso Blog, ela é elaborada de dois em dois anos.

Contrariando o que o governo esperava o modal rodoviário
subiu de 66% para 67% na matriz de transportes, isso significa percentualmente
mais de dois terços das cargas transportadas pelas estradas, isso é fato.
As ferrovias perderam participação, indo de 19% para 18%,
e como já comentei várias vezes a escolha do Brasil em utilizar o modal rodoviário
é uma insensatez econômica, o custo de transporte rodoviário é cinco vezes
maior do que o ferroviário, US$ 122 tku (toneladas transportadas por quilômetro
útil,) contra US$ 22, apenas para comparar, nos EUA, apenas 30% das cargas
passam pelas rodovias, enquanto 38% se movem pelos trilhos, e isso é fato.
No governo Lula foi lançado o Plano de Revitalização de
Ferrovias em 2003, depois, vieram as promessas do PAC 1 e PAC 2, no ano
passado, com a vergonhosa fila quilométrica de caminhões no porto de Santos, Dona
Dilma anunciou o Plano de Investimento em Logística, criou uma estatal para
cuidar disso e como tudo no governo, nada deu resultado, a malha ferroviária era de 29.798 quilômetros em
2003, fechou 2012 em 30.379 quilômetros. Alta de 0,02%.
Para atender a demanda de commodities e outros produtos,
o correto era termos agora 52 mil quilômetros de ferrovias, uma baita falha de
planejamento para o setor ferroviário e isso é fato.
O déficit da balança comercial foi causado pelo forte
aumento da importação de diesel e gasolina, consequência do aumento do
transporte rodoviário, a Petrobras foi afetada porque é obrigada a vender
combustíveis a um preço mais baixo do que paga na importação, o governo ficou
numa sinuca porque precisou segurar o preço senão a inflação subiria, 56% do diesel consumido no país são para
transporte de cargas, e isso é fato.
Esse custo vai tirar a produtividade das commodities
agrícolas, como a soja que comentei no início do post, o bom preço no mercado
internacional manteve a rentabilidade, mas a tendência é a produção migrar áreas
remotas, elevando o custo logístico.
Como todos nós sabemos, pessoas e mercadorias estão
engarrafadas, perdendo tempo, dinheiro e produtividade nos gargalos logísticos
do Brasil, e o governo está fazendo o que além de pensar na reeleição?
E isso é fato.
Sucesso e todos,
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