Bom dia gestores,
Para que possa vender o controle do porto do Açu para o
fundo americano EIG, o empresário Eike Batista vai precisar contar com a boa
vontade do BNDES, uma das condições para o negócio ser
fechado é que todas as dívidas de curto prazo da empresa estejam equacionadas.
O banco estatal emprestou R$ 518,6 milhões à LLX, empresa
que está construindo o porto do Açu, em São João da Barra, no Rio. Esse
empréstimo, que vai a R$ 546,3 milhões contando os juros, vence em setembro.
A LLX informou que está em "negociações
avançadas" com o BNDES para rolar a dívida, mas não quis comentar os
detalhes do acordo com a EIG. O BNDES e a EIG não deram entrevista.
A empresa também deve R$ 813,1 milhões ao Bradesco (ou R$
851,3 milhões com juros). Desse total, R$ 467,7 milhões venceram em abril, mas
o banco postergou o pagamento para outubro de 2014, um prazo de 18 meses, o
que levou a dívida a deixar de ser de curto prazo (12 meses).
Outro empréstimo, de R$ 345,2 milhões, vence em fevereiro
de 2014. a EIG e a LLX assinaram um termo de compromisso para que
o grupo americano injete R$ 1,3 bilhão na empresa via aumento de capital.
Os americanos insistem que o dinheiro precisa ser usado
nos pesados investimentos exigidos para terminar as obras do porto do Açu. Daí
a necessidade de resolver as dívidas de curto prazo.
Desde o início da construção do porto até agora, a LLX já
investiu R$ 2,8 bilhões. A empresa não divulga o quanto ainda precisa gastar
para terminar as obras. A previsão era investir R$ 4 bilhões até 2014, mas o
plano de negócios está sendo revisto.
Para analistas, rolar as dívidas de Eike para permitir
que suas empresas encontrem comprador é a melhor opção para os bancos. O
movimento evita que esses valores sejam considerados prejuízos pelas instituições.
O grupo EBX enfrenta uma profunda crise de credibilidade,
que derrubou o valor das ações e secou seu crédito, Eike está vendendo suas empresas para pagar dívidas. Já
passou o controle da MPX (energia) para a alemã E.ON e tenta vender MMX (mineração)
e OGX (petróleo).
Outro credor-chave da LLX é a Caixa, que emprestou R$ 750
milhões à empresa em setembro último, quando a crise do grupo de Eike dava os
primeiro sinais.
A Caixa coordenou uma emissão de debêntures (dívida) da
LLX com vencimento em 15 anos. Segundo a Folha apurou, o banco subscreveu a
totalidade dos papéis, a LLX não divulga quem comprou as debêntures. A Caixa
tampouco comentou, com os juros e a amortização, a dívida da empresa de
logística de Eike com a Caixa chega a R$ 829,7 milhões.
Sucesso a todos,
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