Boa noite gestores,
Nas últimas semanas o dólar se valorizou em relação ao
real, fiz algumas conjecturas, inclusive discuti isso com minha esposa, que
também é administradora.
A razão para essa repentina valorização são os sinais de
melhoria na economia norte-americana, em especial a geração de empregos e o
saldo positivo nas contas públicas, obviamente atreladas a uma análise mais
profunda da economia brasileira, gerando uma baixa expectativa de empresários
estrangeiros em aumentar a capacidade produtiva brasileira.
Haverá interferência nas importações de petróleo,
encarecendo os produtos derivados e podendo, caso o governo não interfira no
mercado, elevar a inflação dentro do viés de aumento de custos produtivos.
Lógico que quando um perde alguém ganha e nesse caso,
quem fica em vantagem com a elevação do dólar são os exportadores, porém, somente
aqueles que já alavancaram seu processo de investimento e estão com seus
produtos prontos para exportação.
Se o dólar sobe, a expectativa de se investir na indústria, e dentro de uma análise ocorrer
aumento da renda e do emprego no longo prazo, gerando por sua vez, mais consumo
interno, o que iria caracterizar um certo crescimento econômico do setor. Mas
ao mesmo tempo gerando inflação, principalmente devido ao aumento dos custos do
petróleo, repassando aos demais preços da economia.
Portanto, a difícil missão do nosso governo, preocupado
com a queda na popularidade de Dona Dilma e a reeleição, é tentar manter um
câmbio que contribua com a exportação bem como não interfira nos mecanismos de
preços internamente, e não existe bola de cristal nessa hora.
O mais importante é lembrar que existem outros mecanismos para gerar
estabilidade no câmbio que não seja a elevação da taxa de juros, mas
infelizmente não é esse sinal que o governo está dando ao mercado.
Comentários