Países criam novo bloco economico a "Aliança do Pacifico".

Boa noite gestores,

Enquanto o Brasil ainda se encontra na ressaca da eleição do diplomata Roberto Gouvea de Azevedo, para assumir a presidência da OMC “Organização Mundial do Comércio”,  os presidentes do México, Chile, Colômbia e Peru, reunidos em Cali (Colômbia), trabalham no lançamento da “Aliança do Pacífico”, anunciando a eliminação das tarifas de importação de 90% dos produtos que comercializam (os 10% restantes cairão em sete anos).


A Aliança se move com rapidez no cenário mundial pois seus presidentes, resolvem tudo através de video-conferencias sem sair do gabinete e nem perder tempo.

Qualquer idiota de plantão, desconfia que esse novo bloco abre um buraco no projeto prioritário da diplomacia brasileira desde o governo Itamar Franco, e reforçado na gestão do “Rei” Luiz Inácio da Silva, que é o da integração sul-americana, se possível latino-americana, atraindo também o até agora o queridinho de todos, o México.

A “Aliança do Pacífico” não deixa de ser a integração entre os três países sul-americanos mais o México, mas ela se fará de costas para Brasília e, como o nome indica, voltada para o outro oceano que banha a América do Sul, obviamente elaborada para trabalhar com o crescimento do Japão, Malásia, Cingapura, Austrália, Nova Zelândia, a China o motor do mundo, e os outros países asiáticos quem vem mostrando habilidade na economia de mercado.

O novo grupo econômico tornou-se objeto de desejo de Costa Rica e Panamá, sem contar o de países extracontinentais, como a Espanha, e o Canadá, que já está ligado ao México no Nafta (Área de Livre Comércio Norte-Americana, em sua sigla em inglês).

E o Brasil, enquanto isso? Nada, perdeu a rodada de negociação na Europa, na Ásia, só agora depois da confusão na Venezuela, é que o Itamaraty está terminando a proposta que gostaria de apresentar à União Europeia, no marco da negociação UE/Mercosul.
Mas é uma proposta que terá que ser discutida antes com os parceiros do Mercosul, entre os quais há dois (Argentina e Venezuela) que não são exatamente fanáticos pelo livre-comércio, e atrasam qualquer negociação.

A eleição de Roberto Azevêdo para a direção-geral da Organização Mundial do Comércio torna incompreensível o comportamento do governo brasileiro nesse capítulo de negociações comerciais, afinal o discurso de campanha dizia, que o livre comércio é ferramenta essencial para o desenvolvimento.

Duvido que a Argentina e Venezuela, com o histórico de protecionismo, e enfase no mercado interno, concordem com alguma proposta que seja boa para todos, analisem os governos da Argentina e Venezuela, acabaram com o País, a Venezuela não tem nem papel higiênico para a população.

Não dá para o Brasil ficar refém do Mercosul. O bloco está paralisado há muito tempo e sua única chance de ganhar vida seria negociar como gente grande.

Países em azul escuro membros, em azul claro observadores.
Ainda mais agora que surgiu um novo player no bloco latino-americano, de tamanho capaz de competir com o Brasil, o gigante agora ainda mais adormecido.

Com o declínio no preço das commodities, na minha opinião o crescimento economico deverá vir da produtividade e eficiência, nosso páis deve reformular a estratégia de negociações comerciais externas, se não ficaremos de fora das grandes redes de produção e cadeias de suprimentos internacionais e fora também das novas redes e blocos de comercio internacional.

Só para lembrar, a população da “Aliança do Pacífico” é algo maior que a brasileira (209 milhões x 198 milhões) e a economia quase empata (US$ 2,4 trilhões no Brasil, US$ 2 trilhões nos quatro da turma do Pacífico), a diferença está na estratégia, enquanto os países do novo bloco se modernizaram e fizeram as reformas necessárias para a implementação da aliança, o Brasil continua parado pois a preocupação do governo atualmente é a eleição em 2014.

Fora isso, estamos jogando tempo e dinheiro fora, apostando em um modelo que não funciona e nem vai funcionar.

Como diria um professor que prezo muito....”Perdeeeeeeeu Playboy”

Sucesso a todos,

Comentários