Boa noite gestores,
Já vimos em nosso Blog, que o começo do ano foi
complicado para as exportações devido a problemas na infraestrutura, os portos
se transformaram em um gargalo, que causou até cancelamento de contratos, a a aceleração da produção industrial em Fev/Mar, era para a reposição de estoques relacionados ao consumo no final do ano, .
Contrariando o governo vem espalando aos quatro ventos, divulgando excelentes números para o povão, falando
em crescimento, ética, trabalho duro, e outras cositas más, convido vocês para
uma análise mais apurada da situação econômica do Brasil.
Ahhh agora consigo ver alguma coisa. |
Portanto a falta de competitividade prejudica desempenho e a credibilidade do Brasil no mercado externo, afastando os investidores, agora depois de alguns dados do primeiro
quadrimestre divulgados essa semana, podemos fazer algumas conjecturas, podem
significar a volta do deficit na balança comercial, se nada mudar a curto prazo, isso é um
fato.
O governo passou mais de 10 anos surfando no superavit da balança
comercial, não aproveitou para implementar reformas e agora, nos últimos 6 meses
observa-se uma aceleração da piora nas contas externas do país.
E em que as cabeças pensantes do governo trabalham? Em um
programa que facilita a compra de fogões, geladeiras e outros mimos, e a
importante PEC dos Portos, das estradas, ferrovias, aeroportos, mudanças na CLT, e outras coisas relacionadas à
infraestrutura, muito importantes para o País.
Neste primeiro quadrimestre, o Brasil ficou com um
deficit comercial de US$ 6,2 bilhões, recorde para tal período do ano. As
exportações caíram 3,1% e as importações cresceram 10,1%, na comparação com
igual intervalo em 2012.
A despeito de boa parte do encolhimento do saldo, US$ 3,5
bilhões, decorrer de atrasos no registro de importação de combustíveis em 2012,
uma malandragem do governo, para não piorar as contas e o déficit da Petrobrás,
mas que só desfalcou o resultado agora e é evidente a perda no impulso
exportador, isso é um fato.
No mercado externo, a perda de espaço nos principais
mercados do mundo é nítida, perdemos espaço por falta de negociadores do governo, o
resultado é que no primeiro trimestre, as vendas para a Europa e os EUA caíram
cerca de 10% e 25%, e a China, que cresce a 7,5%, reduziu suas compras em 2,2%,
isso é um fato.
Olhando pelo lado da indústria, um dos motores da
economia, em conversa com os professores Roberto (contabilidade) e José Marques
(CDE e gestão), comentei que o retrocesso brasileiro resulta da falta de
competitividade para produzir e vender produtos manufaturados, isso é um fato.
Nossas exportações se concentram em matérias-primas, o
que deixa o país em cheque, em posição de risco, a China, de acordo com várias
análises está mudando o seu modelo de crescimento econômico, tentando torná-los
menos dependentes, e isso reduz a demanda por commodities, com
isso os preços de vários metais de uso industrial têm sofrido queda, e não
temos perspectiva dos produtos primários valorizarem como na última década,
veja a situação da Vale, CSN, e outros grandes grupos, isso é um fato.
Na agroindústria, os produtos são menos sensíveis a essa
mudança, e são beneficiados pela melhoria do padrão alimentar asiático e pela
sorte da quebra de safra de concorrentes ocasionadas pelo clima. Mas como um
bom administrador, eu não apostaria apenas nesse setor para competir no mercado
internacional, é isso é um fato.
Segundo o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento
Industrial (Iedi), o deficit no comércio de produtos manufaturados atingiu US$
16 bilhões já no primeiro trimestre, nos segmentos de média e alta tecnologia,
o rombo vai a US$ 22 bilhões, nosso País está à margem das cadeias produtivas
globais que mais criam valor e conhecimento, e isso é um fato.
Para completar, a conta de serviços que, além da balança
comercial, inclui pagamentos de dívidas, gastos de viagens e remessas de
dividendos, também se desvia para o vermelho.
O país chega perto de um déficit externo de US$ 70
bilhões (3,3% do PIB) em 2013 e pode chegar a US$ 100 bilhões em 2014 ou 2015,
isso é uma previsão de economistas de renome.
Nessa situação o Brasil voltará a depender de capital
externo de curto prazo para fechar as contas, porque as transações correntes,
comércio, viagens, aluguéis, remessas de lucros, pagamento de juros e outras,
têm que ser cobertos com dólares originários de empréstimos, aplicações
financeiras ou investimentos de empresas multinacionais.
Guido Mantega, Dilma e o PT, afirmam que não há risco,
afinal o Brasil tem reservas de US$ 375 bilhões, e podemos gastar a vontade,
afinal já estamos em campanha, não é?
O que eles não sabem é qual será o comportamento do
mercado e dos investidores, e se os EUA ou os países desenvolvidos subirem os
juros? E se a economia mundial continuar em baixa? e a safra? E a China?
Quem sabe o que é fuga de capitais já está ficando com
medo e o que o governo não imagina é que pensamento positivo e fé não funcionam na economia.
Sucesso a todos,
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