Boa tarde gestores,
Em mais um sinal de impasse, a reunião da comissão especial que analisa a MP no Congresso, prevista para hoje, foi adiada diante da ameaça de parlamentares de apresentar um texto paralelo, que não só desconfiguraria a proposta original como derrotaria o Executivo em pontos considerados cruciais.
O governo não aceitou as mudanças propostas pelo seu
líder no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), à MP dos Portos, rompendo acordo que
o parlamentar havia feito com empresários e trabalhadores. A categoria ameaça
greve geral para a próxima semana, o que será muito bom para o país.
Em mais um sinal de impasse, a reunião da comissão especial que analisa a MP no Congresso, prevista para hoje, foi adiada diante da ameaça de parlamentares de apresentar um texto paralelo, que não só desconfiguraria a proposta original como derrotaria o Executivo em pontos considerados cruciais.
Não há acordo para a comissão voltar a funcionar, o que
põe em risco a aprovação da MP antes de 16 de maio, quando caduca.
A MP desagradou a quase todos os setores envolvidos e
recebeu 645 emendas. Braga promoveu um processo de negociação entre governo,
trabalhadores, empresários e Estados que se diziam prejudicados pelo texto.
No primeiro trimestre, o governo vinha participando das
reuniões de negociação, indicando que poderia aceitar mudanças no texto desde
que não mexessem no principal objetivo do projeto, que abre os portos à
iniciativa privada e incentiva a competição.
Os empresários, capitaneados por Jorge Gerdau,
conselheiro do governo, pediram três mudanças no projeto, que, em resumo,
adequariam os contratos antigos às novas condições impostas pela MP para que
não houvesse concorrência desleal com os novos portos.
Já os trabalhadores queriam proteger os atuais terminais
da concorrência predatória e impedir os novos portos de contratar trabalhadores
temporários pela CLT, protegendo seus empregos.
Os governos que têm portos, capitaneados por Eduardo
Campos (PE-PSB), pediam a volta da autonomia para licitar áreas nos terminais, poder
retirado pela MP.
Até a semana passada, o governo vinha apontando na
direção de aceitar as mudanças, exceto a reivindicação dos Estados, para
preservar as linhas gerais da MP, mas as mudanças pedidas pelos empresários
descaracterizam o texto.
Braga disse então que o governo não teria força para
aprovar na comissão o texto sem mudanças e alertou para o risco do relatório
paralelo, mas o governo não aceitou os argumentos.
Pelo jeitão da coisa, vamos ficar estacionados o ano inteiro, ano que vem temos mais uma safra para escoar e teremos os mesmos problemas.
Sucesso a todos,
Pelo jeitão da coisa, vamos ficar estacionados o ano inteiro, ano que vem temos mais uma safra para escoar e teremos os mesmos problemas.
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