Boa noite gestores,
Em uma operação bilionária, o maior grupo de educação do
mundo, o brasileiro Kroton, distanciou-se na liderança ao fundir-se com a
Anhanguera. As companhias farão uma troca de ações, avaliada em R$ 5 bilhões.
A nova gigante chega ao valor de mercado de cerca de US$
5,8 bilhões (R$ 13 bilhões), duas vezes o tamanho da vice do setor, a chinesa
New Oriental (US$ 2,9 bilhões).
A operação foi bem recebida pelo mercado de capitais: as
ações das duas empresas se valorizaram ontem. As da Kroton fecharam em alta de
8,38%, e as da Anhanguera, com valorização de 7,76%.
As companhias irão submeter a operação ao Cade em dez
dias. O conselho de defesa econômica informou, no entanto, que só será
considerado após o julgamento de quatro casos pendentes (3 da Anhanguera e 1 da
Kroton).
Existe a possibilidade de o colegiado analisar todas os
casos em conjunto, há, no entanto, pouca sobreposição nas operações de
Kroton e Anhanguera, diz Rodrigo Galindo, principal executivo da Kroton e
futuro presidente-executivo da companhia resultante da fusão.
Galindo e Scavazza |
Apenas 4 cidades, das 80 em que atuam, mantêm unidades
dos dois grupos. No ensino à distância, há sobreposição de 10%, diz Galindo.
Segundo o censo de educação de 2011, a participação de
mercado aproximada das duas empresas é de 14% --1 milhão de alunos em escolas
de ensino básico e superior.
As marcas do grupo (como Unopar, Anhanguera Pitágoras e
Unic) serão mantidas.
Além do tamanho, Kroton e Anhanguera possuem trajetórias
semelhantes. Apoiadas por grupos financeiros, lideraram uma expansão agressiva
nos últimos anos, buscando alunos, principalmente, das classes C e D.
Com a fusão, o objetivo é ampliar essa estratégia. De
acordo com Ricardo Scavazza, presidente da Anhanguera, o governo será um grande
impulsionador, por meio do Fies, de financiamento estudantil. Os grupos têm 120
mil alunos no programa.
"Queremos apoiar o governo no objetivo de levar a
penetração do ensino superior no Brasil de 14,6% para 33% da população até
2020", afirma Galindo.
Segundo o executivo, não há planos de novas aquisições
nem de expansão internacional nos próximos anos. "Após aprovação do Cade,
vamos nos dedicar à integração e ao crescimento orgânico."
Sucesso a todos,
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