Importação de tomate chinês cresce 300%.

Boa tarde gestores,

O tomate também está escasso e caro para a indústria do molho e do ketchup. Para driblar a restrição e os preços, as empresas intensificaram as importações do fruto processado. E um dos principais fornecedores é uma região semidesértica da China, localizada a 3.000 quilômetros da zona portuária mais próxima.

A polpa de tomate chinesa viaja 65 dias para chegar a Goiás, polo da indústria nacional de molhos. Ainda assim, é 20% mais barata que a vendida por fornecedores locais, as importações, prejudicadas em 2011 e em 2012 por uma quebra de safra na China, voltaram com força em 2013. No primeiro bimestre, as compras de tomates processados chineses subiram 304% ante igual período do ano passado, segundo o Ministério do Desenvolvimento.


O país asiático é o principal fornecedor do Brasil, ao responder por 42% do total de US$ 13,8 milhões importados neste ano alta de 232%, as indústrias compradoras estão principalmente em Goiás, mas também em São Paulo e no Nordeste. O percentual de polpa de tomate chinês nessas fábricas varia de pouco menos de 10% a até 70%.
Uma das principais importadoras é a Atlântica Foods, de São Paulo, que começou a trazer a polpa há quatro anos, o empresário Vlamir Breternitz, da Atlântica, que visitou Xinjiang, disse que a colheita é quase totalmente mecanizada e que os fornecedores escolhidos cumprem requisitos internacionais e exportam para outros países.

Responsável pela comercialização, sua filha Lissandra afirma que, hoje, consegue vender a polpa de tomate chinesa numa fábrica de Goiás a um preço 20% menor do que o concorrente local, uma outra vantagem é que o padrão de qualidade chinês é alto e não varia tanto", 

Na China, o tomate é plantado na semidesértica área em volta da cidade de Urumqi, em Xinjiang, no noroeste do país. Por causa do clima extremamente frio, a colheita só é feita durante 70 dias. Por outro lado, as temperaturas baixas facilitam a estocagem.

Sozinha, Xinjiang é a terceira maior produtora mundial de tomate, atrás apenas dos EUA e da Itália. A região registra uma produção anual média de 500 mil toneladas de derivados do produto, feita por 137 unidades de processamento, segundo o Ministério do Comércio chinês.

A alta das importações é explicada pelo baixo nível dos estoques da polpa no país, após um ano de quebra de safra no Brasil, na China e nos EUA,  o aumento das compras não tem relação com a forte alta do tomate de mesa, que é vendido nas feiras e nos supermercados.

Para produzir molhos e ketchups, cujo consumo cresce 16% ao ano no país, segundo estimativas do mercado, a indústria compra outra variedade, a de cultivo rasteiro, o chamado tomate industrial.

Por estar em pleno desenvolvimento a colheita começa em junho, ainda não é possível saber se a atual escassez do tomate de mesa também afetará o industrial.

A expectativa é de recuperação. Segundo o Conselho Mundial dos Processadores de Tomate (WPTC), a produção brasileira de tomate industrial crescerá 30% neste ano, para 1,7 milhão de toneladas. A produção chinesa deve ficar em 4,5 milhões de toneladas, alta de 40%.

Sucesso a todos.

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