Boa Noite Gestores!
Ás vésperas de um feriado de Páscoa e o fechamento deste primeiro trimestre de 2013; dá motivos para no mínimo comemoração e boas perspectivas, não que eu seja o “cara” mais inocente ou “polyana” ao extremo; mas o mês se traduziu em boas perspectivas principalmente para o nosso mercado de Economia Digital, que apresentou um crescimento (10,8%) mercado este estimado em mais de US$ 120 bilhões para este ano; e que superou em mais de 10 vezes que nosso PIB “inho” de 1% do ano passado; mas não vamos reclamar, pois macroeconomicamente falando melhor positivo uma casa mesmo que ínfima do que negativo em duas casas!
Um mês com anúncios e eventos importantes seja no aspecto privado ou governamental; e principalmente ainda respirando os ares do GEC 2013, realizado no Rio de Janeiro, mas que tive oportunidade de postar aqui no PMG&E e também acompanhar algumas das palestras, afinal não deu para ver todas, pois também produzimos em horário comercial... Mas enfim vamos a uma breve síntese destes acontecimentos:
Em 14/03 nossa presidente; Dilma Rousseff; anúncio o Plano Inova Empresa, que contará com R$ 32,9 bilhões para incentivar os investimentos em inovação tecnológica, sendo R$ 20,9 bilhões - que serão operados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação - terão prazo de carência de quatro anos e prazo de financiamento de 12 anos; com juros podem variar de 2,5% a 5% a.a segundo Agencia Reuters; além de uma Empresa Brasileira para Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), que funcionará como uma Organização Social, coordenada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelos ministérios da Educação e da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Já no “gancho” do GEC 2013; O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), na personificação de seu Secretário de Política e Informática Virgílio Almeida; e o Coordenador do Programa TI Maior Rafael Moreira; aproveitou o evento do Espaço Lagoon para promover um "PITCH" para apresentar às aceleradoras escolhidas para serem as molas de propulsão deste programa que serão responsáveis na escolha destas novas estrelas eleitas, cerca de 100 novas Startups, para receber este aporte que irão totalizar R$100 milhões em investimento, lembrando que este montante faz parte do Plano TI Maior (Link Unisinos) (baixe o PDF); que foi lançado em agosto do ano passado que prevê investimentos na casa de R$500 milhões até 2015, para criar no Brasil um polo de Inovação e Competitividade neste mercado que não para de crescer e precisa de Empreendedores de Alto Impacto; esta iniciativa vem como exemplos bem-sucedidos em iniciativas internacionais como Startup Chile e o Startup America, e tenta resolver dois velhos problemas brasileiros: a informalidade e a falta de capacitação do empreendedor; mas ainda estão patinando na Burocracia e nas regras e definições modelos adaptados às necessidades locais; como desoneração fiscal e política de geração de emprego e renda e principalmente fomentação alinhas de crédito em um país que o custo desse tipo dinheiro e muito caro. Conforme enquete feita a especialistas disse que este modelo não é novidade, pois somente o fato de permitir a participação de qualquer empresa nascente com menos de três anos neste processo, ocorre uma mistura entre pequenas empresas e Startups, e se a banca avaliadora não estiver atenta ao real propósito muito poderá se perder no direcionamento destes recursos.
O modelo de aceleração associado à injeção de recursos, no entanto, foi escolhido pelo governo justamente após o fracasso de negócios beneficiados por programas de fomento como o PRIME - Primeira Empresa Inovadora. “Sempre que fazemos chamadas para empresas de pequeno porte, a efetividade é baixa”, afirma o coordenador do Start-Up Brasil no Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Rafael Moreira. “As empresas desenvolvem boas ideias, mas não conseguem colocar o produto no mercado. Não adianta distribuir bilhões para startups. É ineficiente.” Conforme já reportado em outras fontes de pesquisa muito se cogitou sobre o Programa e questionamentos diversos já surgiram desde a presença de três players a mais dentre os seis inicialmente previstos em edital, a relevância destes players junto ao Ecossistema já existente, questionando a capacidade e interesses de alguns contemplados e até mesmo a posição geográfica das aceleradoras, pois às nove contempladas dentre às vinte e três que concorreram; todas estão na Região Sudeste; principalmente no Rio de Janeiro que entrou com cinco empresas, seguida por São Paulo duas, Espírito Santo e Minas Gerais cada Estado com uma Empresa; e que segundo Moreira disse que “Tentamos listar as melhores e vamos acompanhar de perto o desempenho delas”, procurando afastar às especulações diante das “caras novas” que ganharam notoriedade depois do anúncio em fevereiro.
Como disse, existem muitas iniciativas com esta finalidade ao redor do mundo, sabemos que nossa proposta e pequena, mas e um começo:
- Chile. O programa Startup Chile oferece bolsas de US$ 40 mil por startup sem contrapartida ou local de trabalho e facilitam vistos para estrangeiros
- Estados Unidos. O Startup America investiu US$ 2 bilhões em parceria com a iniciativa privada em startups do setor de energia limpa
- Israel. O Startup Nation criou consórcios entre empresas e instituições acadêmicas para desenvolver tecnologias competitivas.
- Coreia do Sul. O ICT New DealPlan investiu US$ 38 bilhões do governo e da iniciativa privada para estimular o setor de TI (Aguilar;Unisinos)
Somente para salientar o mais importante que ações estão sendo tomadas e compete a nós buscarmos as melhores maneiras de fazer a roda girar e minimizar os trade-offs que possam surgir ou as dores de cotovelo que possam gerar; pois muito se falou em criar ambientes e políticas favoráveis, então que venham estas oportunidades e que saibamos utilizar e fiscalizar caso algo enfadonho acontecem... se Março já foi assim ; quero saber como será Abril...afinal um velha cantiga já dizia “ Coelhinho da Páscoa o que trazes pra Nós....” (risos)
Pense Nisso e curtam a Apresentação do Programa feita no dia 21/03 no GEC 2013 (a qualidade do vídeo é tipo NET, mas a informação é tipo Amazon... Obrigado Startupi pelo Vídeo!) além de um guia com as Aceleradoras escolhidas e Link de acesso para conhecer suas trajetórias e principais mentores:
- Aceleratech (ESPM /SP);
- 21212 (RJ);
- Start You Up (ES);
- Papaya (RJ);
- Pipa (RJ);
- Fumsoft (MG);
- Wayra (Telefónica / SP);
- Outsource Brazil.(RJ) e
- Acelera (Microsoft/ inicialmente RJ)
Fontes (Ligia Aguilhar/Estadão; Startupi/IG; Agência
Reuters e UniSinos)
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