Bom dia gestores,
Assunto também abordado em sala aula, imaginamos como seria complicada a possibilidade de cumprir os descontos prometidos pela
presidente Dilma nos preços de produtos da cesta básica, isso provocou nessa semana uma guerra
entre a indústria e o varejo.
Ou seja mais uma decisão estratégica do Governo sem o mínimo planejamento, estratégia é aquilo que o governo sabe que deve existir mas não utiliza.
De um lado, os supermercados pressionam fornecedores para
reduzir os preços na mesma proporção anunciada pela presidente. Algumas redes
se recusaram, nesta semana, a receber mercadorias com reduções de preço
inferiores aos 9,25% prometidos.
De outro, fabricantes de diversos itens -como café,
açúcar e margarina- já comunicaram ao Ministério da Fazenda que, pelas regras
atuais, não têm como cortar 9,25%.
O motivo é a complexidade do sistema tributário, entenda o assunto com o infografico abaixo.
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O governo fez uma conta simples: zerando a alíquota de
9,25% de PIS e Cofins, os preços cairiam nessa proporção. Mas os elos
anteriores da cadeia produtiva não foram desonerados. A venda de soja e
embalagem para a produção de margarina, por exemplo, paga PIS e Cofins, o que
gera um crédito tributário para a indústria.
Mas, com a alíquota zero na venda ao varejo, o
fabricante, que antes abatia esses créditos do pagamento, não terá mais como
aproveitá-los.
Os créditos ficarão acumulados na contabilidade das
indústrias, que continuarão pagando pelo custo tributário das etapas
anteriores.
Segundo Fabio Calcini, sócio tributarista do Brasil
Salomão e Matthes Advocacia, a maioria dos fabricantes não terá condições de
cumprir a redução prometida.
O especialista foi procurado por diferentes ramos, do
agronegócio a fabricantes de sabonetes, preocupados com os impactos da
desoneração.
No caso de setores como o de café, a conta é ainda mais
complicada, pois a medida que desonerou a cesta também acabou com um crédito
presumido da indústria.
O diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria
de Café, Nathan Herskowicz, afirmou que a Receita refez os cálculos e que o
Ministério da Fazenda reconhece que não será possível cortar os 9,25%.
Ele espera que, com o episódio esclarecido, diminua a
pressão do varejo. "Algumas redes fizeram pressão indevida sobre a
indústria."
Para o presidente da Associação Paulista dos
Supermercados, João Galassi, "não faz sentido uma rede receber agora um
produto que em breve vai cair de preço".
Galassi disse que, à medida que o governo aceite os
argumentos da indústria, retomará as renegociações.
Por causa das questões tributárias, entre outros motivos,
economistas preveem que de metade a dois terços da redução de impostos devam
chegar aos preços. O restante ficaria retido nas empresas. Com isso, a
contribuição líquida da desoneração da cesta básica sobre a inflação deve
variar de 0,25 a 0,41 ponto percentual a menos, segundo economistas.
Sucesso a todos,
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