Bom dia gestores,
Com ações desvalorizadas na Bolsa, o empresário Eike
Batista conseguiu selar o apoio financeiro e a "consultoria
estratégica" do banco BTG Pactual, de André Esteves, levando a uma
recuperação de R$ 2,8 bilhões no valor de mercado de suas empresas, segundo a
Reuters.
Mesmo com poucos detalhes do que seria esse apoio
estratégico, a notícia foi recebida como um "socorro privado" às
empresas X, como são conhecidas, que hoje enfrentariam dificuldade para obter
dinheiro do BNDES.
O banco emprestou R$ 8,1 bilhões ao empresário desde 2009
e tem participação nas empresas MPX (energia), CCX (carvão), MMX (mineração),
OGX (petróleo) e SIX (de semicondutores).
Ontem, o empresário se reuniu com a presidente Dilma
Rousseff, que abriu espaço em sua agenda pouco antes de viajar a Caracas para o
funeral de Hugo Chávez. Também falou com autoridades como o ministro Guido
Mantega (Fazenda) e a presidente da Petrobras, Graça Foster.
O resultado da maratona de Eike com os poderosos do setor
privado e do público foi uma disparada geral nas ações. Os papéis da MMX
saltaram 17,04%, seguidos pelos da OGX (16,44%), da logística LLX (10,41%) e do
estaleiro OSX (10,18%).
Pelo acordo, os sócios do Pactual se comprometem a fazer
uma injeção "da ordem de bilhões" sempre que Eike precisar, segundo
fontes.
O vice-presidente do grupo de Eike, Eduardo Eugênio
Gouvêa Vieira, pediu seu desligamento do cargo que fora criado para ele no
início do ano. À época, a contratação foi vista como forma de aproximar Eike da
Petrobras.
Em 2007, ele ajudou a vender a Ipiranga para o grupo
Petrobras, Ultra e Braskem.
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