Maior banco privado brasileiro, o Itaú Unibanco terminou
ontem uma reestruturação nas áreas de negócios, trocou executivos de áreas
estratégicas e concedeu mais dois anos para seu presidente-executivo, Roberto
Setubal, 58, atuar antes de se aposentar.
A idade para a aposentadoria de Setubal subiu de 60 para
62 anos.
O novo desenho procura agrupar os negócios em duas
grandes áreas: varejo e atacado. O objetivo, segundo o banco, é simplificar a
estrutura, dar maior agilidade às decisões e promover ganhos de eficiência e segmentar melhor o mercado..
Marco Bonomi permanece como vice-presidente de varejo,
agregando a área de micro e pequenas empresas.
As áreas de Seguros, Veículos e Crédito Imobiliário
ficarão sob a responsabilidade de Marcio Schettini, que mantém o segmento de
Cartões e a Redecard.
A área de médias empresas passou para o Itaú BBA (banco
de investimento), sob o comando de Candido Bracher. Junto foi José Roberto
Haym, responsável pelo segmento.
Ontem, foi oficializada a saída de Marcos Lisboa,
ex-secretário do Ministério da Fazenda na gestão de Antonio Palocci.
Responsável pelas reformas microeconômicas aprovadas no
início do governo Lula, com a Lei de Falências, Lisboa deve voltar para a vida
acadêmica pelo Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa, em São Paulo).
As mudanças começaram no final do ano passado, com a
saída do economista Sérgio Werlang, ex-diretor de Política Econômica do Banco
Central e que ocupava a vice-presidência de Controle de Riscos e de Finanças.
Werlang foi o responsável pela implementação do regime de
metas de inflação na gestão de Armínio Fraga.
Em seu lugar, ficou Eduardo Vassimon, que assume também a
área de controles internos.
Caio Ibrahim David, responsável pela área de finanças, e
Claudia Politanski, responsável pela área jurídica, são promovidos a
vice-presidentes, integrando o comitê executivo do Itaú Unibanco.
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