Bom dia gestores,
O atraso nos embarques de soja nos portos brasileiros
obrigou os importadores chineses a negociar a compra de nove navios de soja dos
EUA. O carregamento deve começar no próximo mês.
Ao menos dois desses graneleiros, cada um preparado para
receber entre 50 mil e 60 mil toneladas de soja, foram redirecionados para
carregamento no golfo dos EUA como alternativa devido ao fato de os prazos de
operações nos portos no Brasil superarem 40 dias.
Os demais carregamentos, comprados com antecipação pelo
maior importador de soja do mundo, serão carregados na Costa-Oeste dos EUA,
onde os portos estão localizados numa rota mais direta para a Ásia.
Infraestrutura deficiente para escoamento, maior safra da
história e protestos de trabalhadores contra mudanças na legislação têm afetado
a operação dos portos brasileiros neste ano.
A greve dos portuários, principalmente em Santos (SP) e
em Paranaguá (PR), em protesto contra o novo marco regulatório do setor, pode
ter atrapalhado o fluxo de soja para a China.
Nove categorias de portuários, a maior parte formada por
trabalhadores avulsos (que, por lei, devem ser contratados pelos terminais),
realizaram na sexta-feira 22/02/2013 uma greve de seis horas, que paralisou o
porto de Santos, o maior do país.
Após uma reunião com o governo, os sindicalistas
suspenderam a greve de 24 horas marcada para amanhã.
Estivadores avulsos trabalhando |
Os sindicalistas anunciaram uma trégua até 15 de março,
mas pressionam o governo a mudar a medida provisória e alterar o artigo que
desobriga os terminais privados a usar mão de obra avulsa.
A MP dos Portos faz parte de um plano de medidas anunciadas pelo governo federal em dezembro, com a intenção de atrair investimentos privados para o setor de logística do país. A previsão é que sejam investidos R$ 54,2 bilhão, além das mudanças na legislação. A medida substitui Lei de Modernização Portuária (nº 8.630, de 1993) e altera regras do setor de portos, em principal ampliando a participação da iniciativa privada.
Os trabalhadores querem que o governo obrigue portos
privados a contratar mão de obra dos portos públicos, os chamados Ogmos (Órgãos
Gestores de Mão de Obra), e que equalize a concorrência entre portos públicos e
privados.
Eles argumentam que os portos privados muito mais
competitivos serão beneficiados pela MP e as cargas vão migrar dos portos
públicos, para os privados deixando-os sem trabalho, o que é a lógica do
mercado.
O pedido dos sindicalistas, vai contra a política do governo
em tornar os portos mais competitivose atrair investimentos da iniciativa privada..
Sucesso a todos,
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