Bom dia gestores,
Autor de sucessos como Asa Branca, Xote das meninas, Baião de Dois e Qui Nem Jiló, Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, completaria 100 anos nesta quinta-feira 13/12/2012.
Considerado um dos compositores mais importantes da música popular brasileira, Gonzagão, Lua, Luiz de Januário, Lula e tantos outros nomes, morreu em agosto de 1989, aos 76 anos.
Ganhou um filme contando sua história de vida para comemorar a data, “Gonzaga - De Pai Pra Filho”, que chegou aos cinemas em outubro, mostra a biografia de Luiz Gonzaga e retrata, ao mesmo tempo, como era a relação entre ele e o filho Gonzaguinha.
Luiz Gonzaga do Nascimento nasceu no dia 13 de dezembro de 1912, no povoado de Araripe, extremo oeste do estado de Pernambuco, a 700 km do Recife.
Seu pai trabalhava na roça e nas horas vagas tocava acordeão. Foi com ele que Luiz Gonzaga aprendeu a tocar o instrumento. Tinha 8 anos, quando precisou substituir um sanfoneiro e passou se apresentar em bailes, forrós e feiras, de início acompanhando seu pai, ficando conhecido em Araripe e em toda a redondeza, como Canoa Brava, Viração, Bodocó e Rancharia.
Aprendeu a ter gosto pela música ouvindo as apresentações de músicos nordestinos em feiras e em festas religiosas. Quando migrou para o sul, fez de tudo um pouco, inclusive tocar em bares de beira de cais. Mas foi exatamente aí que ouviu um cabra, lhe dizer para começar a tocar aquelas músicas boas do distante nordeste. Pensando nisso compôs dois chamegos: "Pés de Serra" e "Vira e Mexe". Sabendo que o rádio era o melhor vínculo de divulgação musical daquela época (corria o ano de 1941) resolveu participar do concurso de calouros de Ary Barroso onde solou sua música “ Vira e Mexe” e ganhou o primeiro prêmio. Isso abriu caminho para que pudesse vir a ser contratado pela emissora Nacional.
No decorrer destes vários anos, Luiz Gonzaga foi simbolizando o que melhor se tem da música nordestina. Ele foi o primeiro músico assumir a nordestinidade representada pela a sanfona e pelo chapéu de couro. Cantando as dores e os amores de um povo que ainda não tinha voz.
Em seus vários anos de carreira não perdeu o prestígio, apesar de ter se distanciado do palco várias vezes. Enquanto modismos e novos ritmos desviavam a atenção do público, o velho Lua nunca teve seu brilho diminuído. Quando morreu em 1989 tinha uma carreira consolidada e reconhecida. Ganhou vários prêmios e seu som agreste atravessou barreiras e foi reconhecido e apreciado pelo povo brasileiro e pela mídia.
Mesmo tocando sanfona, um instrumento tão pouco ilustre, mesmo se vestindo como um nordestino típico, talvez por isso tudo tenha chegado onde chegou, ele era a representação da alma de um povo, a alma do nordeste cantando sua história, a seca, o folclore, as crenças, os causos, e ele fez isso com a simplicidade e dignidade do nordestino, a música brasileira só tem que agradecer, pois ele cantou o que viveu...
Sucesso a todos,
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