Boa noite gestores,
O Brasil ocupa o penúltimo lugar em ranking de
competitividade que comparou 14 países com características semelhantes na
disputa pelo mercado externo e com padrões econômico-sociais parecidos.
Os dados indicam que não houve melhora na posição
brasileira em relação aos seus concorrentes desde 2010, quando foi feito o
primeiro levantamento.
A pesquisa, promovida pela CNI (Confederação Nacional da
Indústria) e divulgada com exclusividade à Folha, mostra que o Brasil fica à
frente só da Argentina quanto ao potencial competitivo.
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O país ficou na 13ª posição em uma lista que inclui,
entre outros, África do Sul, Argentina, Austrália, Canadá, Colômbia, Índia e
México.
Nos últimos dois anos, o Brasil manteve inalterada sua
colocação na maioria dos 16 subitens avaliados.
O custo da mão de obra é o mais alto, assim como o custo
do capital, não refletindo as investidas do governo de reduzir os juros e o
"spread" (diferença entre o custo de captação do banco e a taxa
cobrada ao cliente final).
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Nos itens infraestrutura de transporte e o ambiente
macro, pressionado pela inflação e pela dívida bruta do governo, o país também
está em último lugar.
Para Renato da Fonseca, gerente-executivo da CNI, o
desempenho ajuda a explicar a perda de mercado que a indústria brasileira vem
sofrendo dentro e fora do país.
Esse problema, segundo ele, fica mais evidente em
períodos de crise econômica.
"A crise afetou todo o mundo, mas refletiu com muita
intensidade sobre a indústria brasileira. Num momento de crise, a competição
fica mais acirrada, e é nesse momento que o país precisa demonstrar que tem
força e preço para não perder mercado", afirma Fonseca.
O estudo apontou uma melhora do Brasil em três frentes
desde 2010: infraestrutura de energia e de telecomunicações, gastos do governo
com educação e apoio governamental à tecnologia e à inovação.
O primeiro caso chamou a atenção dos pesquisadores uma
vez que o avanço, de três posições, foi motivado pelo crescimento no número de
assinantes das teles e acabou encobrindo o custo mais elevado da energia
elétrica medido pelo setor industrial.
No caso da educação, Fonseca afirma que, "ainda que
tenhamos percebido um aumento no gasto com a educação, isso não reflete na qualidade
desse ensino".
O economista destaca também que a taxa de desemprego está
baixa no país (5,3% em outubro, a menor para o mês em dez anos), mas que, como
a educação não tem qualidade, os empregados não contribuem com aumento da
produtividade das empresas.
Ao mesmo tempo, o país piorou seu ambiente
microeconômico, refletindo, segundo o estudo, o aumento das barreiras
tarifárias, .
Sucesso a todos,
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