Bom dia gestores,
Falta de tempo é fogo, a 16ª edição da Pesquisa CNT de
Rodovias, divulgada pela Confederação Nacional do Transporte, foi divulgada no
início de novembro e me esqueci de publicar.
Ela aponta também que quase dois terços das rodovias
pavimentadas do Brasil estão em situação regular, ruim ou péssima.
De acordo com o levantamento, dos 95.707 quilômetros
avaliados, 33,4% foram considerados em situação regular, 20,3%, ruim e 9%,
péssima. Outros 27,4% estão em bom estado e 9,9% em ótimo. Se comparados com os
dados da pesquisa de 2011, houve piora na qualidade das estradas nacionais. No
ano passado, 57,4% foram classificadas como regulares, ruins ou péssimas,
contra 62,7% este ano.
Para fazer a análise, 17 equipes de pesquisadores da CNT
percorreram todas as rodovias federais e as rodovias estaduais mais relevantes
do Brasil, ampliando em 2.960 km a extensão avaliada na comparação com o que
foi feito em 2011. Os aspectos que embasam a pesquisa são a qualidade de
pavimentação, a sinalização e a geometria da via.
Para o presidente da CNT, senador Clésio Andrade,
"os resultados apresentados neste relatório subsidiam a elaboração de
políticas públicas de manutenção de rodovias pelos governos federal, estaduais
e municipais, assim como a criação de marcos legais que traduzam as
necessidades de uma infraestrutura rodoviária condizente com os desejos de
progresso do Brasil.
Se em 2011 a sinalização era considerada ótima ou boa em
43,1% das rodovias, esse número foi reduzido para 33,8% este ano. A geometria
da via também registrou queda, embora de menor percentual. Em ótimo ou bom
estado eram 23,2% do total, agora são 22,6%. O único quesito com melhorias foi
o de pavimento. As rodovias avaliadas como ótimas ou boas neste ponto passaram
de 52,1% do total para 54,1% nesta edição.
Ainda sobre a sinalização, o levantamento mostra que ela
é satisfatória (ótima ou boa) em 33,7% da extensão avaliada, sendo que 60,6%
dela conta com acostamento e 88,1% tem predominância de pista simples de mão
dupla.
De 2011 para 2012, houve aumento de 28,1% na quantidade
de rodovias com faixa central desgastada ou inexistente; de 27,7% de faixas
laterais desgastadas ou inexistentes e acréscimo de 36% de erosões na pista.
Além disso, em 20.279 km há placas totalmente cobertas pelo mato, o que
representa 21,2% da extensão rodoviária pavimentada.
O estudo avaliou 65.273 km de rodovias federais e 30.434
km de rodovias estaduais sendo que, dessas, 80.315 km estão sob gestão pública
e 15.392 km sob gestão de concessionárias.
Enquanto apenas 27,8% das rodovias sob gestão pública
estão em ótimo ou bom estado, o percentual positivo das rodovias concedidas é
de 86,7%.
No Sudeste, foram avaliados 27.187 km de rodovias; no
Nordeste, 26.739 km; No Sul, 16.842 km; Centro-Oeste, 14.546 km e, no Norte,
10.393 km.
O levantamento também mostra os resultados por estado e
também no Distrito Federal. A unidade com o maior percentual de rodovias em
ótima situação é São Paulo, com 49,9% do total, seguida por Rio de Janeiro
(20,6%) e Paraná (18%).
Os estados com maior percentual de estradas em péssimas
condições são o Acre (38% do total), Roraima (25,3%) e Amazonas (22,5%).
A Pesquisa CNT de Rodovias faz o ranking de 109 ligações
rodoviários, que são trechos regionais que interligam territórios de uma ou
mais unidades da federação. Essas extensões têm importância socioeconômica e
volume significativo de tráfego de veículos de cargas e/ou de passageiros.
A ligação mais bem avaliada é o trecho entre São Paulo
(SP) e Limeira (SP). Entre as dez melhores, nove interligam municípios de São
Paulo e uma liga um município de São Paulo a um de Minas Gerais (Rio Claro a
Itapetininga).
Entre as dez piores ligações, a maioria está no Norte,
Nordeste e Centro-Oeste, com destaque negativo para o trecho que vai de Rio
Verde a Iporá, municípios de Goiás e de Natividade (TO) a Barreiras (BA).
Sucesso a todos,
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