Modismos corporativos.


Bom dia gestores,

Já escrevi aqui em nosso Blog, a respeito de fórmulas mágicas de sucesso, que tem 100% de eficácia, e ao final funcionou com alguém mas não com o seu negócio, justamente por que a administração de empresas tem uma abordagem contingencial, depende de variáveis externas e internas, do produto, do cliente, do mercado, do clima organizacional e blá, blá, blá.

Porém  muitas vezes, existe um rolo compressor, poderoso e pesado, são os gênios que criam os modismos corporativos.

Eles não querem apenas o seu dinheiro arduamente conquistado, querem você, a sua consciência, querem doutrinar os seus valores, e influir na forma como conduz os seus negócios, em fim, querem o seu tempo direta e indiretamente.

Obviamente, alguns modismos que são adotados possuem consistência, e em pouco tempo transformam-se de modinhas de ocasião em sólidos conceitos. Mas para o administrador a pergunta que se faz é:

Quando saber por antecedência que isso vai acontecer? Ou então, como identificar numa nova onda, um conceito antigo, que na verdade você já aplica, mas que agora vem rebatizada com algum nome bobo qualquer, mas dotado com ares de grande novidade?

Precisamos tomar alguns cuidados, vamos lá:

1 - Antes de tudo, diante de qualquer “novidade”, vale a pergunta: Para que servirá isso? O mesmo questionamento que minha avó recomendava antes de comprar uma bugiganga qualquer.

2 - Esteja sempre atento, desconfie de qualquer conceito cuja descrição não seja clara, objetiva e direta. O embromation é o recurso mais precioso desse povo.

3 - Avalie o “interior” do novo conceito, e analise se isso não se trata de algo conhecido, e já aplicado, ou em operação na sua empresa. Rebatizar conceitos antigos de gestão é uma eficiente forma de enganar e tomar o seu dinheiro ou tempo.

4 - Caso esteja diante de uma novidade que julgou interessante, pense cuidadosamente em sua aplicabilidade. Nem todas as melhores práticas de gestão são aplicáveis em todas as empresas.

5 - Ao decidir aplicar uma nova prática ou conceito avalie os riscos de implementação,  envolvendo a adesão de sua equipe. Sem comprometimento com a “novidade” é bem provável que a nova prática acabe por gerar boas piadas nos corredores.

6 - Nunca, jamais deixe de fazer um estudo de viabilidade, que possibilite mensurar em números o retorno que uma nova prática pode trazer.

7 - Depois de implementada a nova prática, jamais impeça que sua equipe participe criticamente da novidade. Isso traz o risco da não adesão, mas ao mesmo tempo possibilita a aplicação de ajustes e adaptações, além de preservar a inteligência do seu pessoal.

8 - Não insista em algo que não recebeu adesão real da sua equipe. Caso isso aconteça, é muito provável que o novo conceito não passe de mais uma inutilidade.


9 - Por fim uma regra de ouro, siga sua intuição, pode até parecer meio bobo, meio idiota demais, mas nesse caso, não tenha dúvida, caia fora.

Sucesso a todos,

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