Boa noite gestores,
Como todos sabem, algumas empresas, em momentos críticos,
são negociadas na bolsa a um preço tão baixo que ficam abaixo do valor
patrimonial. Ou seja, elas precificam um valor para a companhia que é menor do
que o dos ativos possuídos por ela e, portanto, também não embutem as projeções
futuras no valor.
O caso recente da Eletrobras é emblemático, assim como usou a Petrobrás para segurar a inflação fazendo com que as ações caíssem, Dona Dilma e o PT, com aquele discurso populista de diminuir a conta de energia elétrica em 20%, quebrou mais uma estatal..
O caso recente da Eletrobras é emblemático, assim como usou a Petrobrás para segurar a inflação fazendo com que as ações caíssem, Dona Dilma e o PT, com aquele discurso populista de diminuir a conta de energia elétrica em 20%, quebrou mais uma estatal..
As ações (ELET3; ELET6) negociavam, com dados de
quarta-feira, a 0,1 vez o valor patrimonial. É verdade que isso não é uma
exclusividade da estatal. Outras também operam abaixo do patrimônio, como a
Gafisa a 0,7 vez e a PDG a 0,5 vez. Além disso, em junho, antes de toda a
polêmica sobre a renovação das concessões, a estatal negociava a 0,3 vez. Era
pouco e já refletia o fato de possuir indicadores de eficiência inferiores aos
do setor e o controle estatal.
Mas outro indicador de valor também chama atenção: o
preço da ação sobre o lucro (P/L). Enquanto em junho os papéis preferenciais
operavam a 6,5 vezes o resultado de 2011, ontem essa relação era de 2,1 vezes.
E a situação, já incrivelmente péssima, pode piorar ainda mais.
O nível ainda não pode ser considerado o fundo do poço,
segundo alguns analistas. Para o Barclays e a Planner, sem a geração de caixa
no ano que vem, os papéis devem continuar a cair. O preço-alvo do Barclays é de
1 real.
Os ativos caem mais uma vez nesta quinta-feira e, no ano,
a queda acumulada já chega a 70%. Na mínima do dia, as ações preferenciais
recuavam 10% e as ordinárias 9,7%, para 7,05 reais e 6,09 reais,
respectivamente.
O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE),
Maurício Tolmasquim, disse hoje que o governo não deixará a Eletrobras falir.
"A Eletrobras é necessária e o governo não vai deixar ela perecer.
Consideramos ela uma empresa importante. Sem dúvida alguma, o governo conta com
a Eletrobras", explicou.
Sem a perspectiva de dividendos por conta da esperada
contenção de custos, os 13 mil acionistas minoritários que tinham as ações da
estatal de acordo com dados de maio, estão sem esperanças.
A Eletrobras irá precisar de um aumento de capital para
não quebrar. O dinheiro, contudo, sairá provavelmente da União. Ou seja,
todos os contribuintes do país irão pagar a conta da esperada redução média de
20% tarifa energética que a Medida Provisória 579 espera conseguir.
Segundo o documento, cada empresa do setor precisa
manifestar a intenção de adotar as novas regras com preços mais baixos para
garantir a renovação e receber uma indenização. A outra saída é indicar a
manutenção das condições atuais até o final da concessão. Aí, porém, não terá a
renovação garantida.
O problema é que a indenização proposta pelo governo
federal ficou aquém das expectativas. Enquanto o mercado aguardava algo em
torno de 30 bilhões de reais para a Eletrobras, o valor a ser pago será de 13,9
bilhões de reais.
A companhia divulgou na sexta-feira um estudo sobre os
impactos da nova realidade. As perdas esperadas em receitas chegam a 8,7
bilhões de reais, além de uma baixa contábil de ativos de aproximadamente 17
bilhões de reais.
A empresa convocou os acionistas para deliberar sobre o
assunto no próximo dia 3 de dezembro, um dia antes da data final de
apresentação das propostas para o governo. Não há expectativa de um resultado
diferente.
Como diria um samba antigo "sobrou prá nós, o bagaço da laranja".
Sucesso a todos,
Como diria um samba antigo "sobrou prá nós, o bagaço da laranja".
Sucesso a todos,
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