Bom dia gestores,
Será veiculada amanhã a última edição do "Jornal da
Tarde", criado há 46 anos pelo Grupo Estado, particularmente senti um
pouco de saudosismo, pois em meados de 1982, em meu primeiro emprego, trabalhava
em um departamento em que fazíamos “vaquinha” para comprar jornal, comprávamos
o JT e a Folha.
Bons tempos, era muito divertido “rachar “ o jornal na
hora do almoço, o JT naquela época era um jornal inovador e moderno, com fontes
diferenciadas, infográficos, resumo das notícias no topo da página e outras estratégias
que estimulavam uma leitura dinâmica, devido a facilidade de interpretação.
Realmente é uma pena, ainda não foi definido o que
acontecerá com os 52 profissionais de sua Redação, mas o JT vinha enfrentando
queda na circulação.
Em setembro, segundo dados do IVC (Instituto Verificador
de Circulação), a média diária foi de 36,8 mil exemplares, com venda em banca
de 11,7 mil.
O líder no segmento, "Agora São Paulo", do
Grupo Folha, que edita a Folha, registrou no mesmo mês 106,2 mil exemplares,
com venda em banca de 76,8 mil.
Em 2005, a média diária do "JT" era de 57,9 mil
exemplares, ante 80,5 mil do "Agora".
Questionado sobre o motivo da decisão, o
diretor-presidente do Grupo Estado, Francisco Mesquita Neto, respondeu que
"no mundo todo jornais com esse tipo de posicionamento [intermediário
entre os grandes e os populares] têm tido grandes dificuldades" e
"com o 'JT' não foi diferente".
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"O mesmo pode se dizer da integração na cobertura da
cidade", diz o executivo. "Nos últimos anos, o 'Estadão' tornou-se um
jornal muito mais completo, em todas as plataformas. Também notamos que os
leitores dos dois jornais, que eram bem diferentes no passado, hoje são muito
similares."
Para Mesquita, "ao longo dessas quase cinco décadas,
o 'JT' foi polo de inovação e criatividade".
"Com seus premiados jornalismo e design gráfico,
influenciou gerações de leitores e de profissionais da comunicação, com uma
grande contribuição ao jornalismo brasileiro. É uma missão cumprida",
afirmou.
Sucesso a todos,
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