Boa tarde gestores,
Diante do anúncio feito pelo governo federal, para realização de parcerias com a iniciativa
privada e investimentos de R$ 91 bilhões em ferrovias nos próximos 25 anos, o
que significa, também, criação de empregos, o setor começa agora a se agitar.
Segundo a Associação Nacional dos Transportadores
Ferroviários (ANTF), as concessionárias do setor deverão abrir, só até 2014,
pelo menos mais 7,1 mil vagas. Depois, quando deverão começar as obras, a
projeção é de que sejam oferecidas mais de 3,5 mil vagas por ano, o que
beneficiará, principalmente, profissionais das diferentes engenharias, de
logística e planejamento e gestão, além do pessoal de nível técnico. Mas, lado
a lado com essa demanda vem a necessidade de qualificar mão de obra.
“Temos um horizonte de 10 anos de execução de obras, em
que será necessário formar uma nova geração ferroviária, que saiba trabalhar
com as novas tecnologias e equipamentos”, afirma Rodrigo Vilaça,
presidente-executivo da ANTF.
O setor empregava 16.662 profissionais em 1997 e vai
fechar 2012 com 44 mil trabalhadores. Hostílio Xavier Ratton Neto, professor do
Departamento de Engenharia de Transportes da Escola Politécnica da UFRJ,
destaca que começa a acontecer, agora, com a engenharia ferroviária, o que vem
ocorrendo nos últimos anos com as engenharias em geral, que voltam a ganhar
mercado após um período de restrição que durou dos anos 1980 aos anos 2000.
O que, inclusive, provocou a extinção do curso de
graduação em engenharia ferroviária – que, agora, instituições de ensino
planejam recriar. “Esse hiato comprometeu a renovação dos quadros e a
complementação da formação profissional pelo convívio e pela transferência de
conhecimentos”, ressalta Ratton Neto.
De olho na necessidade de voltar a formar profissionais para
o mercado ferroviário, a ANTF está em contato com 13 universidades brasileiras
para recriar o curso de nível superior. Por enquanto, a conversa está mais
avançada com a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), embora ainda não
haja nenhum projeto concreto. A Estácio também tem planos de lançar o curso de
engenharia ferroviária em unidades de todo o país. “Isso porque os
investimentos em ferrovias deverão abrir oportunidades”, afirma Harvey Cosenza,
diretor do Centro de Tecnologias do Grupo Estácio, lembrando, também, que será
preciso recrutar corpo docente.
Sucesso a todos,
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