Bom dia gestores,
Semana corrida, visitas técnicas (28 e 30/08) com o pessoal de Logística na Infraero, excelente palestra (30/08) do Prof. Leo Togashi, para o pessoal de Administração e Logística.
Para especialistas, a adoção de políticas de recursos humanos em micro e
pequenas empresas (MPEs) é muitas vezes vista com resistência pelo empresário.
A falta de conhecimento e de recursos estão entre as
causas, nesse assunto, poucas vão além do básico, como folha de pagamento,
demissão e contratação.
Segundo Celso Bazzola, sócio-diretor da Bazz Estratégia e
Operação de RH, empresa que dá consultoria para MPEs, o grande desafio é fazer
o pequeno empreendedor enxergar essas políticas como investimento, não como
custo. "Eles acham que é coisa para empresa grande e só dão importância
quando começam a perder talentos."
A atração e retenção de bons profissionais estão entre os
principais motivos para uma empresa ficar atenta à gestão de pessoas. Isso
porque o custo da rotatividade de funcionários é muito alto.
Por outro lado, boas práticas de gestão nem sempre
precisam de grandes investimentos. Em alguns casos, basta um pouco de
criatividade. Foi o que percebeu a direção de uma pequena metalúrgica carioca,
a Maemfe, desde 2004, a empresa vem implementando ações no intuito de melhorar
os níveis de satisfação. "São ações simples, mas que têm trazido ótimos
resultados", disse Marcos Paulo Dinis, diretor da empresa.
Marcos cita como exemplo o programa Bom Dia Maemfe, que
mensalmente reúne os funcionários para um café da manhã oferecido pela empresa.
"Nessas ocasiões, a diretoria faz um relatório resumido dos números
recentes e fala sobre os planos."
A transparência na relação entre direção e funcionários
trouxe resultados. Conforme relata o diretor, na pesquisa de clima que a
empresa realiza entre seus colaboradores, o nível de satisfação médio
constatado tem sido de 7 pontos - em uma escala de 0 a 10.
"Hoje o funcionário se sente parte do negócio e
acredita na empresa."
Mesmo com resistências, a mentalidade do pequeno
empresário sobre gestão de pessoas vem mudando.
O problema é conseguir agir em meio a tantas prioridades
urgentes. É o que afirma Carlos Silva, Membro do Conselho Deliberativo da
ABRH-SP (Associação Brasileira de Recursos Humanos) e sócio-diretor da Lesap
Consultoria Empresarial.
"Os pequenos empresários estão sempre apagando
incêndios, tentando manter o negócio funcionando. Eles nem sempre têm tempo de
pensar em RH", afirma Silva.
Ele reforça, porém, que a partir de dez funcionários toda
empresa deveria ter políticas de recursos humanos. "Caso contrário, o
empresário estará só 'treinando' o funcionário para outra empresa, pois, na
primeira oportunidade, ele troca de emprego."
Silva enfatiza que o mercado está sempre em busca de bons
profissionais e que o pequeno empreendedor tem de aprender a valorizá-lo.
"Quando um trabalhador fica insatisfeito é como se estivesse no mercado.
Está sempre à procura de um emprego melhor."
Sucesso a todos,
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