Demografia das empresas, IBGE. agosto 2012.


Boa tarde gestores,

Do total de 464,7 mil empresas abertas em 2007 (esse número inclui todas as empresas, inclusive as grandes), quase metade (48,2%) não existia mais em 2010.

Entre as micro (até nove funcionários), a taxa de sobrevivência após três anos ficou em 50,9%, nas pequenas (de 10 a 49 empregados), em 79,1%, e em 82,3% nas médias (entre 50 e 249 funcionários).

A pedido da Folha, o IBGE mapeou as atividades com melhor e pior desempenho a partir do estudo "Demografia das Empresas 2010", divulgado no fim de agosto.

Para as microempresas, atividades relacionadas a tratamento e distribuição de água são as com maior taxa de sobrevivência: 80,6%.

Em seguida estão as áreas jurídica/contabilidade/auditoria (64,8%) e fabricação de máquinas e equipamentos (63,1%). Entre as piores: exploração de jogos de azar e apostas (14,1%) e extração de carvão mineral (16,7%).

"A taxa de sobrevivência tem relação direta com o porte da empresa. A maior pode investir mais, sendo capaz de permanecer por mais tempo no mercado", diz a gerente de planejamento, disseminação e análise do IBGE, Denise Guichard Freire.
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As informações do estudo podem ajudar o governo a aplicar políticas públicas para setores com menor taxa de sobrevivência e orientar as empresas para exploração de novos nichos de mercado.

"Os dados revelam que a sobrevivência é maior em segmentos de atividade que exigem maior grau de escolaridade, capital, conhecimento específico e/ou mais sofisticado", diz o analista de gestão estratégica do Sebrae Nacional, Marco Aurélio Bedê.

Para o gerente de projetos do Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios da FGV, Renê José Rodrigues Fernandes, os números devem ser vistos com cuidado.

"No caso de haver uma quantidade pequena de empresas na amostragem de uma área, a saída de apenas uma delas pode aumentar muito a mortalidade."
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Fernandes diz que o desempenho do setor em geral não é fator crucial para a performance das empresas.

Estudo da FGV com dados de 12.592 empresas de 78 países, feito entre 1997 e 2001, constatou que o setor corresponde a apenas 7% do sucesso. A sobrevivência depende de fatores internos da empresa (45%). "A maioria dos empreendimentos fecha por falta de planejamento financeiro adequado e foco", afirma.

Sucesso a todos,

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