Olá, Gestores!
Nosso amigo Monteiro
eventualmente nos brinda com algumas matérias interessantes sobre games que
realmente demonstram todo o investimento realizado nesse setor.
Então, resolvi me aventurar nesse
ramo que hoje vai muito além do simples entretenimento, dadas as complexidades
dos games atuais, que exigem bastante dos jogadores. E o game que gostaria de
recomendar a gestores e jovens estudantes que querem adquirir algumas
habilidades de gerenciamento é Anno 2070.
Para quem conhece a série Anno, sabe
que se trata de um RTS, game de estratégia em tempo real, da empresa francesa Ubi-Soft. Mais especificamente, um game
de estratégia e gerenciamento urbano na linha de Civilization e outros, cujo foco principal não é exatamente
destruir a nação inimiga, como é comum em jogos de RTS, a exemplo de Age of
Empires.
Nesse novo Anno, somos lançados em 2070, em um mundo que sofreu de uma
calamidade climática e, como consequência, os continentes foram redesenhados, havendo
mais ilhas do que continentes propriamente ditos. Em contrapartida, a
humanidade está a pleno vapor na empreitada de reconstruir tudo, e é aí que
você entra na jogada. Você faz parte de um grupo que visa auxiliar as facções
existentes em reconstruir a civilização, mas terá de lidar com os recursos
diferenciados, com os conflitos sociais, com as demandas das diversas
sociedades, além de pensar muito bem antes de implementar certas tecnologias,
dado o impacto climático que elas podem causar.
A questão da sustentabilidade é
levantada de modo bem ponderado, permeando de modo sutil todo o game, mas sem
tomar partido extremado, o que é bem positivo, pois isso mostra que os
realizadores do jogo possuem maturidade ao tratar o tema com o realismo que ele
merece.
Anno 2070 possui três facções ou grupos com os quais você terá de
lidar. Aqui você não escolhe um grupo em detrimento dos outros, de modo que, em
toda a campanha, você conhecerá todos os lados da moeda. Os Ecos são os
defensores de uma economia sustentável. A escolha desse povo reflete nos
recursos disponíveis e no tempo do desenvolvimento. Os recursos sustentáveis
demoram para ser implementados e levam tempo até embalar no desenvolvimento
realmente notável. Mas a longo prazo, os resultados positivos aparecem. O uso
da tecnologia aqui deve ser pesado com os impactos que tais tecnologias
causarão. A busca por recursos naturais te levará a explorar ilhas e encontrar
regiões propícias para certas fontes de recursos. Os Tycoon, por outro lado, são
os remanescentes do desenvolvimento industrial. A busca por recursos
tecnológicos que visem um crescimento rápido é fundamental para os Tycoon.
Amplos consumidores, eles não abrem mão do estilo de vida que demanda altos
gastos com energia. Mas os Tycoon são vigiados pelas nações governamentais do
mundo, que estabeleceram planos de metas para 3 anos que devem ser respeitados
pelo jogador e pela nação industrial. Assim, encontrar soluções para manter os Tycoon
dentro do plano de metas e com seu estilo de vida é fundamental. Por fim, existem os Techs, cientistas que
investem pesado em tecnologia e auxiliam o jogador oferecendo soluções para as
demandas das duas facções.
Nesse cenário, todos os recursos
de gestão são levados em conta, e sempre de forma plural. Os interesses
econômicos devem ser levados em conta, juntamente com a gestão do tempo para
estabilizar a economia. Mas também a gestão dos recursos é fundamental para
garantir a estabilidade política dessas facções, além da gestão de pessoas,
pois a população fica insatisfeita quando não obtêm aquilo que é vital para seu
modo de vida. E se elas se irritam demasiadamente, elas simplesmente vão embora
e deixam suas instalações à míngua.
Outro ponto positivo do jogo é
que, como a busca de recursos é incessante, as explorações no fundo do mar são
contínuas e bem interessantes, e tudo isso delineado por gráficos excelentes,
texturas hiper-realistas e músicas com um ambiente bem sci-fi. Aliás, os
cenários das construções futuristas é realmente matador.
Enfim, eis aí um ótimo passatempo
de horas de estratégia e planejamento, recheado de missões, de demandas, de
questões complexas tratadas com sua devida complexidade. Aliás, evidenciando
que o jogo não se pauta pela inocência, ninguém aqui luta por um mundo totalmente
ecológico com a destruição dos Tycoon ou por um mundo ultra-industrializado,
por meio da derrota dos Ecos. O que se procura aqui é o equilíbrio entre
indústria, economia e sustentabilidade na medida certa. E só na medida certa é
que se consegue chegar ao final do game.
Boa jogatina e tomem sábias
decisões, gestores!
Mais algumas imagens:
Quem estiver interessado, vejam o trailer:
Comentários
A produção e pesquisa sob as águas é muito legal.
Só para lembrar a Ubi-soft, produz também, as franquias do Rainbow Six, Assassin´s Creed, Ghost Recon, FarCry, CSI, Call of Juarez, Brothers in Arms, entre outras.
Sucesso a todos,