Bom dia gestores,
Assunto já comentado em nosso Blog.
Ao longo do governo Luiz Inácio Lula da Silva, a economia
do Nordeste se expandiu a taxas superiores à média nacional. De 2003 a 2009,
segundo o IBGE, a renda nordestina teve crescimento de 32,8%, enquanto a média
brasileira se elevou em 27,5%.
Trata-se de um ritmo de 4% anuais, não tão espetacular
como apregoa a propaganda governista, mas ainda assim o dobro do verificado nos
sete anos anteriores.
Nos últimos meses, o crescimento econômico estagnou no
semiárido, pelos efeitos de uma das estiagens mais duras dos últimos anos.
Vemos uma
demonstração didática do contraste entre o desenvolvimento, acelerado pelos
programas de transferência de renda e reajustes do salário mínimo, e a falta de
interesse político ou atraso institucional, que é mais bonito.....e das
deficiências de infraestrutura na região.
Essa semana, de
alguma forma não fiquei surpreso em ver na TV episódios que reeditam o que de
mais arcaico acompanha a seca nordestina, a entrega de água por carros-pipa
condicionada ao apoio a políticos locais.
Onde será que está a obra do PAC de transposição do rio
São Francisco, projeto que gerou a maior discussão e mais vistoso do governo
para ampliar a distribuição de água no semiárido.
Só perfumaria, o empreendimento foi lançado em 2007 no
esforço publicitário do PAC, lembro como se fosse hoje do Lula falando que a
Dilma era a mão do PAC.
Hoje, cinco anos depois, essa obras não serão concluídas
antes de 2015, e o orçamento também, desculpem o trocadilho “já foi pro saco”.
Estimava-se o valor elevado da obra em de R$ 4,7 bilhões e
já foi para pelo menos R$ 8,2 bilhões, parece despropositado na comparação com
alternativas para enfrentar a seca, como a construção de cisternas familiares, um
ótimo projeto do Bispo e deputado celebridade Marcelo Crivella.
Estima-se que 1,2 milhão desses reservatórios de alvenaria
ou de polietileno bastariam para abastecer as famílias do semiárido sem acesso
à rede pública de água.
Mesmo sem considerar as cisternas já existentes, o custo
total variaria de R$ 2,6 bilhões a R$ 5,8 bilhões, a depender do material.
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