Boa tarde gestores,
Aceitar um emprego em uma start-up é uma decisão de
risco, já que, se o negócio não for bem-sucedido ou se a empresa não encontrar
investidores, ela pode fechar rapidamente. No Brasil, 30% de todas as empresas
não sobrevivem por mais de dois anos, de acordo com o Sebrae.
"Uma start-up pode desaparecer de um dia para o
outro ou virar o próximo Facebook", resume Gustavo Caetano, presidente da
Associação Brasileira de Start-ups.
O caso da rede social é emblemático porque a empresa compensa
seus funcionários com ações. Quando o Facebook começou a negociar esses papéis
na Bolsa, em maio, havia a expectativa de que muitos deles se tornassem
milionários ao vender as ações, o que será permitido a partir deste mês.
No Brasil, pequenas empresas de tecnologia também têm o
costume de premiar os melhores funcionários com ações, o que os torna sócios. E
elas dizem pagar salários compatíveis com os que profissionais ganhariam em uma
companhia de maior porte.
"O pacote de compensações está no nível do mercado.
O funcionário não vai ganhar muito menos do que em uma grande empresa",
diz Flavio Pripas, fundador da Fashion.Me, uma rede social voltada ao universo
da moda.
Hoje, o salário inicial de um analista de desenvolvimento
de sistemas, uma função comum em empresas de internet, é de R$ 3.100 em São
Paulo, de acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da
Informação e Comunicação.
Há quem assuma o risco de deixar a estabilidade de uma
multinacional para trabalhar em uma pequena empresa de tecnologia.
No caso de Elisabeth Gomes, 27, o atrativo não foi o
salário, mas a possibilidade de crescer rapidamente na profissão.
Em novembro de 2010, ela deixou o trabalho em uma rede
mundial de lojas de roupas para ocupar o cargo de assistente de compras na
Dafiti, uma plataforma on-line de moda, quando a empresa tinha apenas dez
funcionários. Um ano e meio depois, o negócio tem 1.100 empregados e Gomes já
foi promovida. "Em uma grande empresa eu levaria muito mais tempo, porque
teria de passar por várias etapas até chegar a esse cargo", diz.
Alexandre Benedetti, consultor da agência de recrutamento
Hays, diz que esse "apetite pelo risco" varia de acordo com o momento
de vida do profissional -alguém que tenha filhos, por exemplo, vai ter mais
dificuldades de tomar a decisão.
"Moro com meus pais. Se a empresa não tivesse dado
certo, eu não teria tido muitos problemas", diz Gomes.
Para os jovens, outro ponto atraente das start-ups é a
autonomia. Como não há vários chefes de diferentes hierarquias, os
profissionais sentem que tomam decisões mais importantes.
"Há um maior grau de responsabilidade e você se
sente o dono do negócio, mesmo não sendo. Seu trabalho influencia no resultado
de modo muito direto", diz Ricardo Grandinetti, 32, gerente de produto do
LikeStore, serviço que permite a criação de lojas no Facebook e que hoje tem
três funcionários.
Sucesso a todos,
Sucesso a todos,
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