Bom dia gestores, continuando nossa conversa......
Estar aberto a mudanças, Pedro Passos, um dos fundadores da Natura, destaca a
sensível passagem de pequena para média empresa.
"Deixa de ser a ideia do empreendedor para ser a de
um grupo. Muitos podem empreender, assumir risco. É mais difícil encontrar bons
formadores de pessoas em torno de um projeto", diz. Ao crescer, ele sai da
zona de conforto.
"Uma pessoa técnica passa a ter de ser criativa, a
fazer outras coisas." Para ele, deve-se ajudar a empresa a suprir
fragilidades. "O empreendedor precisa aprender a querer pensar junto, a
estar aberto, porque haverá uma transformação dele. E deve aprender a
sonhar."
E ele, pensava que a Natura cresceria tanto? "Não a
imaginávamos como é hoje. Fica um saudosismo da época em que era menor e
acompanhávamos tudo."
Namorar o investidor, do apagão, Wilson Poit tirou a ideia: alugar geradores.
"Em 2001, houve muita demanda, saímos muito na mídia
e a Endeavor encontrou a história de alguém que morou até os 11 anos em casa
sem luz. Aprendi na Endeavor que vale a pena fazer direito as coisas, mesmo
quando a concorrência é desleal, a preparar a empresa para investidores, a ter
gente boa no time. Como o Beto, visitei empresas no exterior para ver como
faziam, além de focar em bater metas. Me orientaram a não fazer o primeiro negócio
que aparecesse", diz. Em 2008, vendeu 35% da empresa por R$ 40 milhões
para o BRZ. "Aprendi a namorar [investidores] e fazer negócios
melhores." O plano era chegar ao IPO antes da Copa ou aceitar alguma
oferta muito boa. Ela veio em março, com a venda para a Aggreko, por R$ 404
milhões (pode chegar a R$ 464 milhões).
"Comecei com um caminhão, um gerador e pensava em
negócio menor. Não teria chegado aqui sem a Endeavor. São pequenas coisas que
eles passam. Houve momentos em que conversava com mentores, como o Laércio, que
diziam 'espera mais um pouco, faz isso primeiro, conversa com mais gente', e
contavam experiências."
Sucesso a todos,
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