Boa noite gestores,
"Foi uma grande surpresa", afirmou a manicure
Sirlei Brisida (PPS) ao saber que uma das nove cadeiras da Câmara Municipal de
Medianeira, no oeste do Paraná, seria sua. Brisida teve apenas um voto nas
eleições municipais de 2006 -e não foi o dela.
A vereadora assumiu o cargo na última quarta, no lugar de
Edir Josmar Moreira (PSDB), cassado sob acusação de infidelidade partidária.
Moreira foi eleito pelo PPS, mas decidiu mudar de partido.
Os outros suplentes do PPS que tiveram mais votos do que
a manicure (sete candidatos a vereador que receberam de 430 a 90 votos) também
tinham trocado de legenda e por isso não tentaram ocupar a vaga. Brisida era a
última candidata do PPS que poderia assumir a cadeira.
A situação não é inédita: em abril, uma professora
aposentada de 79 anos que teve só um voto (o dela) tomou posse na Câmara de
Coivaras (PI) na vaga de uma vereadora cassada por infidelidade partidária. Os
outros suplentes não assumiram porque também trocaram de sigla.
Para o advogado Alberto Rollo, presidente do Idipea
(Instituto de Direito Político, Eleitoral e Administrativo), o primeiro
suplente em Medianeira que trocou de partido poderia ter pleiteado o direito de
assumir, mesmo que fosse cassado depois. "O processo de cassação levaria
de oito a dez meses, tempo que ele ficaria no cargo."
Antes de iniciar sua campanha, em meados de 2006, Brisida
desistiu da corrida eleitoral para tratar um câncer. "Preferi votar em
alguém que teria mais chance. Minha família também votou em outro. Ainda não
sei quem votou em mim", afirma. "Mas fiquei muito feliz quando soube
que iria assumir."
Brisida diz que vai conciliar o trabalho de vereadora com
o de manicure e fazer "o melhor para Medianeira".
Eita reforma política que não sai nunca!!!!!
Sucesso a todos,
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