Boa tarde gestores,
Notícia em nosso Blog, a queda do Brasil no ranking de logística, não é novidade nenhuma para nós profissionais de logística, comentamos em sala de aula que o Brasil tem
problemas na infraestrutura, e torcemos para que haja vontade política para a resolução desses problemas pontuais, mas no entanto quanto deveria ser
investido para que esses gargalos fossem solucionados?
De acordo com o estudo: “Brasil em Desenvolvimento:
Estado, Planejamento e Políticas Públicas”, elaborado pelo Ipea (Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada), este valor giraria na casa de R$ 125 bilhões por
ano, o que significa 3,4% do PIB (Produto Interno Bruto).
Este montante, que deveria ser investido em todos os
modais (rodoviário, ferroviário, portuário e aéreo), foi obtido a partir de
análises feitas em cinco países, os quais o sistema de transporte merece
destaque: Chile, China, Vietnã, Tailândia e Filipinas, um belo benchmarking.
O Brasil ainda está muito distante deste percentual de
3,4%. De acordo com o Ipea, os recursos públicos e privados (sem contar os
desvios) destinados ao setor de transporte, em 2010, foram de 0,7% do PIB– R$
24,8 bilhões – ou seja, quase cinco vezes menos do que o indicado como
necessário pelo Instituto. Entre 2006 e 2010, a média de investimento foi ainda
menor: R$ 18,3 bilhões.
Do volume de R$ 125 bilhões apontados como ideal, a
entidade prospecta que 53,4% (R$ 66,7 bilhões) devem ser investidos para
solucionar gargalos. Segundo o Ipea, R$ 36,9 bilhões iriam para o setor
rodoviário, R$ 15,9 bilhões para as ferrovias, R$ 9,3 bilhões seriam alocados
no setor portuário e R$ 4,6 bilhões destinados às estruturas aeroportuárias.
O restante, R$ 58,3 bilhões anuais, deveria ser investido
na ampliação da infraestrutura de transporte durante cinco anos. Segundo o levantamento,
os investimentos deveriam ser feitos da seguinte forma: aumento da malha
rodoviária (R$ 32,2 bilhões) e ferroviária (R$ 13,9 bilhões), e na construção e
ampliação de estruturas portuárias (R$ 8,1 bilhões) e aeroportuárias (R$ 4
bilhões).
O estudo indica que o plano de investimentos deveria ser
seguido para os próximos 15 anos, ou seja, não deveriam ser encerrados no sexto
ano. Após este período, o País precisaria investir R$ 73,6 bilhões anualmente,
o que representa, em média, 2% do PIB.
A entidade ressalta que a injeção é necessária para sanar
os gargalos da infraestrutura de transporte no Brasil e também equilibrar a
distribuição entre os modais, que, atualmente, apresenta um domínio amplo do
rodoviário elevando o custo logístico nacional. De acordo com o Ipea, os
investimentos deveriam focar o setor aquaviário e ferroviário.
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