Boa tarde gestores,
A cada ano que passa, as fabricantes de veículos estão
mais preocupadas em desenvolver motores que emitam menos poluentes à atmosfera,
porém este movimento de propor produtos mais sustentáveis não tem se
restringindo apenas às montadoras, nesta mesma direção caminham algumas
concessionárias de rodovias que vem introduzindo o uso de asfalto ecológico no
Brasil. Nos últimos sete anos, uma extensão de 2,2 mil quilômetros já foi
pavimentada com esta alternativa, que utiliza como matéria prima pneus usados.
Do total de vias asfaltadas com a solução ecológica, 443
quilômetros foram concluídos no ano passado, de acordo com informações da ABCR
(Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias). Em 2010, foram 340
quilômetros e, no ano anterior, 290 quilômetros ganharam asfalto verde. Apesar
deste avanço, do total da malha rodoviária nacional pavimentada, apenas 2,43%
possui a alternativa reciclável.
"Estamos deixando de colocar 450 mil a 500 mil pneus
na natureza", afirma Gustavo Anfra, coordenador de obras da CCR AutoBAn, ,
sobre as obras que a empresa vem fazendo nas rodovias que tem concessão.
O executivo explica que, além das vantagens ecológicas, o
asfalto “verde” possui desempenho superior ao tradicionalmente aplicado. Dentre
os benefícios estão menor ruído de fricção e diminuição de spray de água que o
automóvel da frente joga no de trás, além disso, ele é mais durável, com vida
útil 30% maior em relação ao convencional, enquanto a solução ecológica resiste
de oito a dez anos sem intervenção, o asfalto tradicional dura de cinco a seis.
A desvantagem do produto, que agride menos ao meio
ambiente, está em seu preço, aproximadamente 40% maior, apesar disso, Anfra
afirma que “é um pouco mais caro, mas vale a pena investir pensando no meio
ambiente".
Na mesma linha da AutoBan, o grupo EcoRodovias investe no
asfalto de borracha desde 2002.
De acordo com a empresa, a solução já está em mais de mil
quilômetros operados por cinco das suas controladas, o que representa
aproximadamente 20% dos trechos sob sua concessão. Inicialmente, a aplicação de
movimentação foi em caráter teste nas Rodovias Imigrantes e Anchieta, que ligam
a capital paulista ao litoral. Após o período de avaliação, a concessionária
estendeu o uso do produto para larga escala.
Segundo a empresa, uma das razões principais para escolha
da alternativa sustentável está no fato que, "o asfalto borracha é cerca
de 40% mais resistente que o produto convencional em função da adição de
borracha de pneus à massa asfáltica".
A composição do asfalto ecológico engloba a mistura do
CAP (Cimento Asfáltico de Petróleo) com pó de borracha feito a partir de pneus
triturados. Já a pavimentação tradicional é feita da adição de pedra brita com
o CAP.
Sucesso a todos,
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