Bom dia gestores,
Conforme já comentado em nosso Blog, a Secretaria de
Transportes do estado realizou o primeiro estudo para viabilizar a obra, que
naquela ocasião acabou não se concretizando. Em setembro do ano passado, os
governos paulista e federal anunciaram um novo acordo e os estudos preliminares
do empreendimento foram iniciados novamente. Essa fase deve ser finalizada em
julho. O passo seguinte será o início do processo de licitação.
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Obviamente como tudo no Brasil, só faltava vontade
política e agora parece que o projeto será
desenvolvido porque os governos se entenderam.
O Ferroanel permitirá que os trens de carga atravessem a
Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) sem interferir no transporte de
passageiros, além de facilitar para o setor de logística, diminuir o tempo e os
custos do transporte e melhorar as condições de tráfego na malha rodoviária, já
que o fluxo de caminhões nas estradas e centros urbanos diminuirá.
“O Ferroanel vai desafogar a região metropolitana de São
Paulo, fazer a ligação com os portos do Sudeste, além de aumentar a capacidade
de produção”, afirma Francisco Ferreira da Silva, representante da ANTT
(Agência Nacional de Transportes Terrestres). Ele destacou, ainda, que com o
Ferroanel os trens da CPTM poderão ser utilizados exclusivamente para
passageiros.
Atualmente, eles são usados para o transporte de cargas
nos horários ociosos.
A obra será implantada em duas etapas: Ferroanel Norte e
Ferroanel Sul.
O tramo Sul articulará os movimentos das ferrovias que
chegam à região metropolitana, permitindo a transposição da cidade tanto para
os deslocamentos Leste-Oeste como aqueles que se estabelecem a partir dos
estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e região do Vale do Paraíba, em São
Paulo, para os estados da região Sul e vice-versa.
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Já o tramo Norte permitirá a movimentação de cargas,
principalmente contêineres, da região de Campinas e Grande São Paulo para o
Porto de Santos via cremalheira, além da transposição de comboios entre o
interior e o Vale do Paraíba.
De acordo com a ANTT, a intenção é implantar o trecho
norte do Ferroanel até 2016. O custo da obra deverá ficar entre R$ 2,6 bilhões
e R$ 5,2 bilhões.
Sucesso a todos,
Comentários
O projeto está em estudo ainda, a ideia é utilizar o corredor, ou o entorno do Rodoanel para evitar desapropriações.
E também para evitar especulações financeiras, o Estado e a prefeitura demoram para divulgar esses dados.
Assim que houver novas notícias publico algo.
Um abraço.
Deve ser ressaltada também a grande importância de uma ligação rodo ferroviária entre Parelheiros e Itanhaém para cargas e passageiros, o que poderá levar o presidente interino Temer e o governador Geraldo Alckmin a acertarem em princípio a sua construção conjunta, deveria ser suficiente para fazer ambos dar novos passos nessa direção.
São patentes as dificuldades que a ausência do Ferroanel cria para o transporte de carga em direção ao Porto de Santos e de passageiros na região metropolitana de São Paulo geram o maior gargalo ferroviário do país. Hoje os trens de carga que se destinam àquele porto têm de utilizar linhas concomitantes com a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) que passam pela região central da capital. A concessionária que faz esse transporte só pode operar em períodos restritos, o que diminui sua eficiência e aumenta seu custo.
E a situação é agravada, porque, para aumentar sua capacidade de transporte de passageiros, a CPTM deseja diminuir o intervalo entre os seus trens. Suas razões para isso são técnicas, porque o sistema de transporte coletivo da Grande São Paulo, do qual ela é uma das responsáveis, ultrapassou o limite de sua capacidade e o número de passageiros continua aumentando. Se ela adotar aquele medida, haverá redução ainda maior da circulação dos trens de carga.
Só o Ferroanel, a começar pelo Tramo Norte, que tem de longe o maior potencial de transporte, poderá resolver o problema. Hoje, dos cerca de 2,5 milhões de contêineres que chegam anualmente ao Porto de Santos, apenas uma quantidade irrelevante 100 mil é despachada por trem, um meio de transporte mais rápido e econômico do que os caminhões. Com o Ferroanel, estima-se que o volume que por ele circulará chegue acima de um milhão de contêineres. Os benefícios para os setores mais diretamente ligados a essa atividade – produtores e transportadores – e para a economia do País como um todo serão enormes.
Ganhará também a capital e o litoral paulista, dos quais deixarão de circular cerca de 5 mil caminhões por dia, um alívio considerável para seu trânsito sempre congestionado.
Há razões fundamentadas para que a construção rodo ferroviária concomitantemente é mais racional e econômica, deve os responsáveis pelos governos federal e estadual a deixar de lado divergências políticas. Já passou da hora para que eles aproveitarem a ocasião para demonstrar que são capazes de colocar o interesse público acima de suas ambições políticas.
Dentre as obras do PAC, uma que deveria estar incluída e ser priorizada é ligação rodo ferroviária Parelheiros–Itanhaém, uma vez que o porto de Santos ultrapassou seu limite de saturação com filas de navios em de mais de 80 unidades, das quais podem ser avistados da Vila Caiçara em Praia Grande, além de que a Via Anchieta por ser a única via de descida permitida para ônibus e caminhões tem registrados congestionamentos e acidentes graves semanalmente, como este de hoje 22/02/2013 em que uma trompa d’agua na baixada paulista deixou o sistema Anchieta / Imigrantes em colapso, e o transito só foi restabelecido na madrugada do dia 24 seguinte, e em épocas de escoamento de safras também a Dom Domenico Rangoni (Piaçaguera–Guarujá) se torna congestionada diariamente, ao contrário da Manoel da Nóbrega, onde somente se fica com problemas em épocas pontuais na passagem de ano, ao porto de Santos, e os futuros portos de Itanhaém / Peruíbe.
Acredito também, como munícipe, que a estrada mitigaria as condições de estagnação que as cidades vivem, com ruas sem pavimentação, ocupação desordenada do solo, entre outras. Uma ligação da cidade com a região sul da capital traria muitos benefícios, fornecendo mais opções, melhorar a qualidade de vida dos moradores da capital e baixada. Muitas pessoas voltariam a fixar na cidade, inclusive eu. A cidade poderia nos dar mais retorno frente aos impostos que pagamos. Investimentos em Parques Temáticos, Porto, Aeroporto, Ferrovia ligando com a existente, enfim muitos projetos que alavancariam a região como um todo, bem como o desenvolvimento global de toda a região.
Enquanto outras cidades turísticas litorâneas avançam principalmente no norte fluminense, Itanhaem, Mongaguá e Peruíbe se voltam ás primitivas cidades sazonais caiçaras sem interesse em desenvolvimento e com metas e avanços financeiros presentes apenas nas mãos de alguns.
Já passou á hora de ver nossa geração e de nossos filhos se enraizarem na região com bons empregos e educação ao invés de tentar uma melhor condição social em São Paulo, pois Santos também já ultrapassou o limite de saturação.
Com relação Parelheiros, esta região rural situada ao sul do município de São Paulo, que possui uma carência de saneamento básico, ajudaria enormemente uma fiscalização, urbanização e preservação dos seus mananciais.
Sinto que o potencial destas cidades não são utilizados, com foco noutros que beneficiam uma minoria retrógrada. Não vejo senão, o apoio irresponsável e egoísta aos interesses escusos.