Bom dia gestores,
Após recorde em 2011, quando registrou US$ 256 bilhões,
as exportações brasileiras devem ter queda neste ano. Os problemas financeiros
atravessados pela Europa, além do fato de a economia dos Estados Unidos ainda
não ter se recuperado da crise de 2008 contribuem para o cenário menos
favorável ao Brasil em 2012.
"Neste ano o total exportado será, no máximo, igual
a 2011. Mas a queda nas vendas deverá ser de 4% a 5% em relação ao ano passado,
o que levará a um total de US$ 245 bilhões. Isso não significa que haverá queda
nas importações. Por isso, a balança comercial irá sofrer uma queda para US$ 20
bilhões”, afirma Manuel Enríquez García, Professor da Faculdade de Economia e
Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP) e presidente da Ordem dos
Economistas do Brasil (OEB).
O Ministério da Fazenda afirmou, no documento
"Economia brasileira em perspectiva", que as exportações tiveram
recorde no ano passado pela alta no preço das commodities e porque o país
aumentou a quantidade de mercados compradores. No total, em 2011, o Brasil
registrou um superávit de US$ 29,8 bilhões. Foram US$ 256 bilhões exportados e
US$ 226 bilhões importados pelo País. Os principais parceiros brasileiros foram
a União Europeia, China, Mercosul e Estados Unidos.
"O Brasil é muito dependente das commodities.
Estamos sensíveis à demanda e ao preço, o que representa um risco, pois já
temos déficit em conta corrente. Uma desaceleração da China pode afetar o
desempenho da balança comercial. O ideal seria também exportar bens de maior
valor agregado", diz Antonio Corrêa de Lacerda, Professor de Economia da
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
Segundo García, no ano passado 47% das exportações
brasileiras se concentraram em minério de ferro, petróleo bruto, soja, carne,
açúcar e café. Em 2006, a participação desses produtos na pauta de exportações
era de 28,4%. Para ele, embora o Brasil exporte manufaturados, a produtividade
deste setor é muito baixa no País por causa do alto custo estrutural, que
inclui encargos trabalhistas, tributos e câmbio, entre outros.
Sucesso a todos,
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