Bom dia gestores,
Apenas para finalizar a
aula de ontem (Logística 3° módulo-Gestão de transportes),
falamos sobre transporte de cargas em geral e esqueci de um mercado
que está acompanhando o crescimento da logística no Brasil, o dos
shoppings, ou como os cariocas dizem, a praia dos paulistas.
O ano de 2011
apresentou um crescimento de 18,6% nas vendas dos shopping centers de
todo o Brasil, totalizando R$ 108 bilhões, segundo a Abrasce. Para
2012, estima-se um novo aumento, agora de 12% sobre as receitas, além
da abertura de 43 novos empreendimentos, sendo 29 fora das capitais
do país.
O Brasil encerrou o ano
passado com 430 shopping centers, com mais de 80 mil lojas e um
tráfego médio mensal de 376 milhões de pessoas. Segundo a pesquisa
da PricewaterhouseCoopers, nos próximos dois anos, 55% dos
empreendimentos pretendem expandir suas operações.
Este crescimento
vertiginoso certamente reflete o momento econômico brasileiro, que
apresenta uma relevante elevação do poder de consumo da população,
além do fato de ter o país como foco de investimentos de empresas
multinacionais. As “metas do consumo” são muito procuradas e
oferecem, cada vez mais, conforto, segurança, variedade e
conveniência ao público, fazendo com que os consumidores permaneçam
por mais tempo dentro dos shopping centers, comprando e se entretendo
cada vez mais.
A sociedade também se
caracteriza pela rapidez com que as pessoas desejam ter em suas casas
os últimos modelos de determinado equipamento ou marca, o que
implica em uma operação logística complexa e bem afinada. O
horário de funcionamento dos empreendimentos foram ampliados,
diminuindo o tempo de entregas, instalações e retiradas de produtos
por parte dos operadores logísticos. A partir de agora, tudo precisa
ser cronometrado. Além disso, as exigências de cada local são
variadas, passando por documentação dos profissionais e veículos,
uniformes, tamanho dos carros e caixas, utilização de determinados
acessos do prédio, acompanhamento de seguranças, enfim, tudo
precisa ser completamente planejado.
Planejamento, aliás, é
a chave do lucro do estabelecimento, pois se de um lado a
concorrência está acirrada e não se permite aumentar os preços,
de outro uma boa estratégia logística pode reduzir os custos e os
tempos de entrega. O processo inteiro precisa estar bem pensado,
desde o recebimento dos materiais, a armazenagem, a roteirização
das entregas, a otimização das cargas, a escolha do veículo ideal,
a rastreabilidade, a entrega, a informação da entrega, a
instalação, até a logística reversa dos produtos devolvidos ou
com defeito, sempre permeado por tecnologia de ponta e profissionais
qualificados.
Esses assuntos foram
abordados em nossas aulas, onde determinamos que a maioria desses
itens são fatores de formação de custo de frete, que representa um
custo significativo para a maioria dos negócios, impactando
diretamente na competitividade, de acordo com sua velocidade,
confiabilidade e controlabilidade (capacidade de rastreamento e
ação), ao entregar aos consumidores dentro do prazo.
Sucesso a todos,
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