Boa noite gestores,
O setor ferroviário
brasileiro está aquecido e passando por grandes transformações,
com aproximadamente 11.800 quilômetros de novas vias. Nesta
prerrogativa, como não poderia deixar de ser, o ano foi positivo
para as empresas que atuam sobre trilhos, a expectativa é que a
malha metroferroviária brasileira gere um faturamento de quase R$ 4
bilhões, 30% a mais do que o registrado em 2010.
Este balanço é feito
pelo SIMEFRE (Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e
Equipamentos Ferroviários e Rodoviários) com base na produção,
reforma, recuperação, modernização e manutenção terceirizada
dos equipamentos oferecidos pelos seus associados. No levantamento, a
entidade ainda apontou que as empresas do setor incorporaram
aproximadamente 5.700 vagões de carga, 330 carros metroferroviários
para o transporte de passageiros e 113 locomotivas.
Os fabricantes de
vagões e locomotivas, assim como os reformadores, para o setor de
cargas, tiveram o que celebrar neste ano. A produção de carros
obteve alta de 75% sobre 2010, com 5.700 unidades entregues ante
3.261. A ascensão do número de locomotivas que saíram da linha de
montagem, até este mês, foi 65% na mesma base comparativa com o ano
anterior, 113 unidades contra 68. Já as reformas das máquinas, que
puxam a composição, quase dobrou, crescendo 90% e somando 90
unidades.
Vicente Abate, diretor
do SIMEFRE, destaca que alguns fatores impactaram positivamente no
setor ferroviário de carga em 2011, como o PSI (Programa de
Sustentação do Investimento), do BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social), assim como o bom momento do
setor de minério de ferro e da agricultura. “Vemos com expectativa
bastante positiva a sua extensão para até o final de 2012, incluída
no Plano Brasil Maior, mas entendemos que os juros talvez pudessem
ser de 6 a 7% ao ano, que seriam equivalentes, hoje, aos juros do
início do programa em 2009, que eram de 4,5% ao ano”, explica.
Diferentemente dos
fabricantes de carga, os de carro de passageiros não tiveram um ano
tão proveitoso e devem encerrar com 328 unidades. Ainda que a
produção de vagões não tenha sido a esperada, em grande parte,
pois os novos governos estaduais assumiram os cargos, em 2011, e os
projetos ainda não estão tão acelerados, as reformas e
modernizações dos carros tiveram bons negócios fechados, como, por
exemplo, 78 unidades pedidas pelo Metrô/SP e Supervia/RJ.
Apesar de um ano fraco,
o setor de passageiros está otimista com as possibilidades de
investimentos devido a Copa do Mundo e Olimpíadas, a perspectiva é
que haja um aporte de quase 70 bilhões nesta área. “Somente para
São Paulo, no período 2011 a 2014 temos valores que alcançam a
cifra de 46,3 bilhões, dos quais R$ 26,2 bilhões irão para o Metrô
e R$ 20,1 bilhões para a CPTM (Companhia Paulista de Trens
Metropolitanos). No caso do PAC 2 da mobilidade, os recursos da União
e financiamento da CEF (Caixa Econômica Federal) e BNDES representam
R$ 18 bilhões, para os próximos quatro anos”, destaca Luiz
Fernando Ferrari, vice-presidente do Sindicato.
Sucesso a todos,
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