Boa noite gestores,
Uma boa noticia para o
final de ano, do total de empresas que utilizam a malha ferroviária
brasileira, para o escoamento de produtos como minérios, açúcar e
grãos, 94% possuem interesse em investir, de alguma maneira, em
melhorias no setor como ramais particulares e terminais multimodais.
Esta informação consta em um estudo levantado pela CNT
(Confederação Nacional do Transporte).
“Este é um dado
positivo que chamou a nossa atenção: mais de 94% dos nossos
clientes têm interesse de fazer investimentos em obras ferroviárias
para melhorar as condições de escoamento”, declarou Rodrigo
Vilaça, presidente da ANTF (Associação Nacional dos
Transportadores Ferroviários).
No mesmo levantamento,
a maioria dos clientes considerou a infraestrutura ferroviária como
adequada, aproximadamente, 52,3%; em contrapartida, 45,6% declararam
que os serviços são insuficientes. Outros dados, que mostram a
satisfação dos usuários com as ferrovias, são referentes ao tempo
de carga e descarga, considerado bom por, respectivamente, 75,2% e
77,4% dos entrevistados.
Além disso, 56,3% dos
clientes classificaram como “bom” os aspectos de segurança e
integridade das cargas, 48,3% avaliando que este quesito melhorou nos
últimos anos. Pela pesquisas, os principais gargalos do setor
ferroviário estão na falta disponibilidade de vagões
especializados, apontado por 33,3% dos clientes; a confiabilidade dos
prazos, para 31,1% deles; e o alto custo do frete, de acordo com
39,4% da clientela.
Para Vilaça, alguns
destes aspectos considerados negativos sofrem influência de outros
modais. “No Brasil, o menor custo do transporte rodoviário acaba
distorcendo o preço de mercado. Isso tende a ser corrigido no
futuro, quando deverão ser colocadas limitações para o transporte
de produtos pelas estradas”, declarou.
De acordo com o
dirigente, a intenção do Governo é expandir a malha ferroviária
em 11 mil quilômetros até 2020. “Isso é ótimo e expressivo para
o nosso momento, mas ainda precisamos dar sequenciamento, até
atingirmos pelo menos 52 mil quilômetros”, declarou. Atualmente,
as ferrovias possuem pouco mais de 30 mil quilômetros de extensão,
Nos próximos anos,
grande parte da demanda ferroviária estará localizada na “nova
fronteira agrícola brasileira”, no cerrado brasileiro. “Como são
novas áreas onde agricultura e commodities agrícolas e minerais têm
as suas descobertas, essa produtividade vai aumentar. Mas já estamos
com mais vagões, locomotivas potentes, maior carregamento e
produtividade e portos que proporcionarão alternativas logísticas
para o usuário e para a redução dos seus custos”, ressaltou
Vilaça.
O transporte de
passageiro por trilhos poderá ser uma realidade brasileira em alguns
anos, segundo o presidente da ANTF. “Na medida em que a malha
cresce, se moderniza, e se apresenta fisicamente mais adequada, você
consegue imprimir mais velocidade. E, para viabilizar [esse tipo de
transporte] para passageiros, será necessária uma velocidade entre
80 e 100 quilômetros por hora”, explica.
Sucesso a todos,
Sucesso a todos,
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