Bom dia gestores,
A diversidade de oferta
de meios de transporte no território nacional como fator que permite
melhorar a competitividade do produto brasileiro no exterior, com
destaque para a cabotagem, esteve na pauta da conferência Portos no
Brasil, evento paralelo à Transpoquip Latin America 2011, que reuniu
vendedores e compradores de equipamentos e serviços para rodovias,
ferrovias, estações, portos, vias fluviais e aeroportos.
De acordo com dados
apresentados pelo assessor da Secretaria de Portos (SEP), Luiz
Hamilton Lima Mendonça, o modal rodoviário ainda detém 71% das
operações de transporte interno do País, com custos diversos nos
aspectos financeiro, ambiental e até mesmo social, uma vez que 43%
dos acidentes em rodovias são provocados por caminhões.
No Índice de
desempenho Logístico (IDL) do Banco Mundial, em 2010, o Brasil
ocupou o 41º lugar no ranking, o que significou um salto
representativo em relação aos dados de 2007, quando registrou a 61ª
colocação. Segundo Mendonça, a meta é chegar à 30ª posição em
2012 e estar entre os 10 primeiros colocados até 2022.
Para tanto, o governo
tem investido em ações que possibilitem ampliar o aproveitamento da
capacidade instalada em portos e desenvolver a prática da cabotagem.
Mendonça explica que o
Projeto de Incentivo à
Cabotagem (PIC) compreende 21 portos públicos marítimos e será o
modelo de ganho em custos operacionais para o fluxo de ida e volta na
navegação.
Além do PIC,
iniciativas como o Projeto de Inteligência Portuária e a Janela
Única, assuntos já comentados em nosso Blog, pretendem informatizar
dados e desenvolver sistemas para analisá-los e permitir um
planejamento adequado de ações. “Toda a evolução do processo
levará à redução dos custos dos serviços que consequentemente
interferem no valor final da mercadoria. Isso permitirá tornar
nossos produtos mais competitivos no mercado externo”, ponderou
Mendonça.
A viabilidade do
transporte por hidrovia é defendida para diversas categorias de
produtos com destaque para o escoamento de granéis (sólidos e
líquidos). Para o coordenador-geral de transporte aquaviário do
Ministério dos transportes, Edison de Oliveira Viana, vale destacar
que a escolha do modo de transporte vai depender do valor e tipo da
carga. “Não é viável utilizar a hidrovia para transportar caixas
de remédios, o desenho das expectativas sempre deve considerar o
custo da carga para a escolha do modal”, analisa.
Durante sua
apresentação, o representante do ministério falou sobre a
importância de alguns corredores internos de navegação, como é o
caso do Corredor do Mercosul (ou Hidrovia do Sul), que confere
facilidade logística e integração com ferrovia, e do Corredor do
São Francisco, em que se tem trechos de hidrovia bastante
representativos. Segundo Viana, as ações do governo em prol da
navegação interna também buscam fomentar a construção de novas
embarcações. Para tanto, o setor conta com juros que chegam a zero.
A questão dos
licenciamentos ambientais também esteve em debate. Para o gerente de
meio ambiente da Agência Nacional de Transportes Aquaviários
(Antaq), Marcos Maia Porto, embora toda a estrutura portuária seja
submetida à política de licenciamento, não é esse fator que
atravanca o setor de navegação. “O Brasil não está atrasado do
ponto de vista da legislação ambiental. Evoluiu a partir dos anos
90, quando foram desenvolvidas normas e procedimentos para ajustar o
setor a planos de contingência e licenças.”
Segundo o representante
da Antaq, os números da avaliação 2009/2010 sobre questões de
segurança são satisfatórios, com nível de atendimento de 86,7% do
núcleo de segurança do ISPS-Code (International ship and port
facility securuty code) código internacional de segurança portuária
e de 83,3% em relação a cargas perigosas.
Sucesso a todos,
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