Boa tarde gestores,
Outubro deste ano foi
duro para as importadoras de veículos, segundo a Abeiva (Associação
Brasileira das Empresas importadoras de Veículos Automotores),
apenas duas das suas associadas apresentaram crescimento em relação
a setembro. De acordo com a entidade, de um mês para o outro, o
setor passou de 22.569 emplacamentos para 13.264, uma queda de 41,2%.
“Obviamente o
consumidor brasileiro se retraiu. No primeiro momento após o anúncio
do decreto houve uma corrida às concessionárias de importadoras.
Mas logo no início de outubro, o setor sentiu duro golpe. Embora
estejamos satisfeitos com o Supremo Tribunal Federal, ao suspender a
aplicabilidade imediata do Decreto 7.567, depois de 45 dias, as
nossas associadas não tiveram tempo de se programar”, explica José
Luiz Gandini, presidente da entidade.
Apesar do decréscimo
entre setembro e outubro, as importadoras ainda possuem um ano
amplamente favorável, uma prova disso é que as vendas efetuadas no
último mês são 25% maiores que as registradas em igual período do
ano passado, sendo 13.264 unidades negociadas ante 10.562. No
acumulado do ano, a Abeiva registrou 165.114 veículos
comercializados, volume 98,3% superior ao alcançado no mesmo espaço
de tempo de 2010.
Contudo, Gandini
explica que mesmo com o adiamento da nova legislação, os
importadores não tem como encomendar mais veículos sem que sejam
sobretaxados. “O ciclo de importação – pedido, confirmação do
pedido, produção e período de transporte – é de no mínimo 90
dias. Assim, mesmo com a suspensão do IPI no dia 20 de outubro, o
setor ficou impossibilitado de trazer mais unidades para o País, já
que os próximos pedidos passam a desembarcar somente na segunda
quinzena de janeiro de 2012. Ou seja, já estarão em vigor as novas
alíquotas do IPI”, declarou.
O executivo aponta que,
em novembro e dezembro, o setor deve voltar a média mensal de 2011.
“Devemos alcançar, nos últimos dois meses do ano, um total de 35
mil unidades. Com isso, chegaremos a 200 mil unidades emplacadas no
ano”, afirmou.
O presidente da
entidade afirma que os próximos 14 meses – quando se encerra o
Decreto – serão difíceis para suas associadas. No entanto, o
dirigente esclareceu que as importadoras continuarão atuantes no
mercado e tentaram traçar uma estratégia de majoração de preço
já visando 2013.
Gandini só demostra
apreensão sobre os rumores do mercado de que o decreto seja
estendido até 2016. “Espero que não mudem as regras do jogo ao
final de 2012, prazo de validade do Decreto 7.567. Mas, as próprias
manifestações do ministro Guido Mantega, de ampliar ainda mais os
índices de nacionalização e de localização regional, superior a
65%, sinalizam endurecimento ao setor de importação”, finalizou.
Sucesso a todos,
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