Bom dia gestores,
Em algumas palestras,
comento sempre que precisamos de autoconhecimento, ética, propósito,
inteligência interpessoal, entre outros fatores chave de sucesso
para cargos de gerencia.
Seja como funcionário
ou como chefe muitos profissionais se perguntam porquê acabam não
apresentando o mesmo desempenho que possuíam antes de serem
promovidos a posições de gestão.
Um estudo realizado
pela Fundação Dom Cabral (FDC), no ano passado, com 1.200
profissionais em níveis gerenciais de empresas brasileiras, mostrou
que grande parte daqueles que ocupam cargos de liderança, apesar de
reconhecidos por sua inteligência cognitiva, são vulneráveis
emocionalmente, de modo incompatível com os cargos que assumem.
Marta Campello,
coordenadora do estudo e professora da FDC nas áreas de
administração e psicologia, afirma que as competências incluem não
apenas aspectos cognitivos, como a capacidade de gerar resultados,
mas também aspectos emocionais, como a capacidade de relacionamento.
“Se um líder
consegue reconhecer o que lhe causa raiva, por exemplo, conseguirá
administrar esta emoção e, de forma racional, controlar suas ações.
Ter habilidades para reconhecer emoções em si e nos outros e saber
monitorá-las é o que define a inteligência emocional”, explica
Marta.
Emoção
X Razão X Conhecimento
No livro “Trabalhando
com a Inteligência Emocional” o autor Daniel Golleman aponta que a
inteligência emocional representa 90% das diferenças entre gestores
de destaque e os demais, e aponta como principais características
destes líderes a influência, a chefia de equipe, o impulso para
realização e a autoconfiança.
Para Marta, tais
características são essenciais, mas muito difíceis de ser
encontradas entre as lideranças das organizações. “Faltam
competências na área pessoal e esses líderes acabam falhando em
suas funções porque são escolhidos para ingressarem em um cargo de
gestão sem terem preparo comportamental para isso”, avalia.
No estudo realizado
pela FDC, por exemplo, enquanto os líderes avaliaram a autoconfiança
como sendo uma de suas melhores competências emocionais, ao mesmo
tempo citando autoconhecimento como uma das competências com as
quais menos se identifica, algo paradoxal para Marta.
Goleman alerta para a
atuação efetiva do RH no treinamento e no estabelecimento de
métodos para novos líderes vai além de “programas de treinamento
que dão às pessoas oportunidade para praticarem a desejada
competência por meio de simulações dirigidas, jogos,
teatralizações e outros métodos semelhantes podem constituir um
bom começo para a prática”.
Já para Marta, as
empresas carecem de indicadores de liderança mais claros, com o
estabelecimento de métricas que permitem a avaliação e um melhor
desenvolvimento destes profissionais.
Fonte - Portal HSM 16/11/2011
Sucesso a todos,
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