Boa tarde gestores,
Para fechar o assunto
dos trabalhos feitos pelo 3o logística, onde abordamos os temas:
Dimensionamento e
operação de frotas, gestão e controle de
frotas, coleta e distribuição e roteirização
Os problemas
identificados pelos alunos no que diz respeito a infraestrutura de
transporte rodoviário, projetos do governo para a renovação da frota, que tem em média 18 anos, legislação e fiscalização para transporte de produtos perigosos, bate com a última pesquisa da Confederação
Nacional do transporte (CNT), divulgada ao final de outubro de 2011,
isso mostra que todos estão antenados no assunto e estão todos de
parabéns
Apenas para lembrar a
pesquisa mostra que 12,6% da malha rodoviária nacional estão em
ótimo estado; 30% das rodovias são consideradas boas; 30,5%,
regulares; e 18,1%, ruins, enquanto 8,8% estão em péssimas
condições. Foram avaliados 92.747 quilômetros, o que representa
100% da malha federal pavimentada, as principais rodovias estaduais
pavimentadas e as que atuam sob concessão.
Das vias sob concessão
(15.374 quilômetros), 48% foram classificadas como ótimas; 38,9%
como boas; 12% como regulares; 1,1% como ruins e nenhuma foi avaliada
como péssima. Já entre as rodovias sob gestão pública (77.373
km), apenas 5,6% foram avaliadas como ótimas; 28,2% como boas; 34,2%
como regulares; 21,5% como ruins e 10,5% como péssimas.
Segundo a CNT, em 2010,
R$ 9,85 bilhões foram investidos em infraestrutura, o que
corresponde a 0,26% do Produto Interno Bruto (PIB). Ainda que esse
valor esteja longe de ser considerado suficiente, 2010 foi o ano em
que o governo federal mais fez investimentos na infraestrutura
rodoviária. Só que as condições das rodovias não melhoraram.
Em razão disso,
segundo a CNT, o prejuízo causado às empresas transportadoras
devido a falhas nas vias somou R$ 14,1 bilhões, ou seja, 0,4% do
PIB. E, obviamente, esse custo tem sido repassado para a população
com acréscimos nos valores de produtos que todos nós conusmimos.
Sem contar as perdas humanas, número que não para de crescer. Só
em 2010 foram mais de oito mil aqueles que perderam a vida nas
rodovias federais.
Embora na prática os
resultados não apareçam – ou custem a aparecer –, é de
reconhecer que houve um crescimento de 27% nos investimentos feitos
pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no
período de 2009 a 2012, em comparação com o período anterior
(2005 a 2008). Até o final de 2012, a previsão é que sejam
investidos R$ 28 bilhões, montante que se aproxima daquele que a CNT
considera mínimo para que a situação das rodovias saia do estágio
crítico em que se encontra – ou seja, R$ 32 bilhões.
Como o Estado sempre se
tem revelado um péssimo gestor, os números dos investimentos não
são traduzidos em segurança e competitividade. Tanto que as
melhores rodovias do País, com menores índices de acidentes, são
aquelas geridas por concessionárias que, em contrapartida, costumam
escalpelar os usuários com pedágios a preços escorchantes.
Como se vê, a situação
continua longe de ser animadora porque a matriz de transporte
continua sendo em sua grande maioria rodoviária, ou seja, 61,1% da
carga transportada no Brasil passam por rodovias, enquanto 20,7%
seguem por ferrovias, 13,6% por sistema hidroviário, 4,2% por avião
e 0,4% por dutos, segundo dados da Agência Nacional de Transporte
Terrestre (ANTT). Para alterar (e procurar equilibrar) essa matriz de
transporte, o governo tem investido mais em ferrovias. Os
investimentos do BNDES em ferrovias são de R$ 37 bilhões para o
período de 2009 a 2015.
Acontece, porém, que,
mais uma vez, os números, vistos sem análise detalhada, podem
enganar. Embora a malha ferroviária represente 20,7% da matriz de
transporte, o seu atendimento é limitado e concentrado na região
Sudeste, pois 75% de carga transportada são de minério de ferro e
carvão mineral.
Para piorar, o que se
tem visto é que quanto mais o governo eleva o volume de seus
investimentos na infraestrutura mais recursos sobram nos caixas dos
partidos e ministérios. Em outras palavras, nunca na historia desse
país se arrecadou tanto imposto, e para meio entendedor sobram
recursos e faltam gestores.
Sucesso a todos,
Comentários