Bom dia gestores,
A JSL (Júlio Simões Logística), uma das maiores
companhias de logística do país, com receita de cerca de R$ 2,6
bilhões, anunciou nesta segunda-feira a aquisição da Rodoviário Schio,
especializada no transporte rodoviário de cargas que exigem
temperatura controlada, como alimentos frigorificados, alguns tipos
de produtos químicos, medicamentos e bebidas.
Em troca de ações e o
desembolso direto de recursos, o negócio totaliza R$ 405 milhões,
valor muito próximo da receita anual da Schio.
Com a aquisição, a
participação do segmento de alimentos na receita da JSL sobe de
1,5% para aproximadamente 15%. Fernando Simões, presidente da
companhia, afirma que a investida na área vinha sendo estudada pela
JSL há algum tempo. E que a compra foi uma forma de avançar no
mercado de forma rápida e “diferenciada”. outro segmento no qual
a Schio é forte é o de higiêne e limpeza.
O segmento de alimentos
é visto pelo executivo como atrativo por ter baixa flutuação de
receita e boas perspectivas, uma vez que a ampliação da renda tem
levado os brasileiros a comerem mais e a comprarem alimentos mais
caros e sofisticados, que oferecem maiores margens de lucro.
Para a JSL, a aquisição
representa ainda a ampliação da frota de veículos em cerca 1,4 mil
unidades (ou 10%); o aumento da folha de pagamento em quase 3,8 mil
funcionários; dez novos centros de distribuição, maior poder de
barganha na negociação de equipamentos; ganhos de escala na compra
de insumos, manutenção e gestão de pessoal, além da entrada na
Argentina, Uruguai, Chile e Venezuela, a ida da JSL ao mercado
externo já estava em estudo.
A expectativa é de que
a venda de serviços da JSL aos clientes da carteira da Schio, e a
oferta do portfólio da Schio para os clientes da JSL, vá contribuir
para um aumento de 16% a 20% na receita da companhia em 2012, avalia
Simões.
Ao menos um dos
executivos da família Schio virá junto com os ativos da empresa.
José Schio, ex-presidente da Schio, trocou uma participação de
12,5% que tinha no negócio por 1,2% das ações da JSL e será o
responsável por tocar nova divisão criada com a compra. O restante
da família, que detinha 87,5% da Schio, receberá pelo negócio em
dinheiro.
A concretização da
aquisição depende agora de aprovação em Assembleia Geral
Extraordinária com os acionistas, agendada para o dia 7 de dezembro,
e do aval do Conselho Administrativo de Defesa da Econômica (Cade),
responsável por preservar a concorrência.
Sucesso a todos,
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