Um novo estágio da democracia.

Boa tarde gestores,

Quem acompanha os principais veículos de informação, mídia impressa, eletrônica e outros, sabe que nunca na história do governo FHC e Lula/Dilma, houve tantas manifestações contra a corrupção.

Sabemos também que colocar 20 mil pessoas nas ruas em Brasília, é lenda, ainda mais em pleno feriadão, a pergunta é, será que estamos perto de mais um grande momento da democracia brasileira, como o renascimento do movimento estudantil pós 1968, as diretas já de 1984, os caras-pintadas dos anos 1990, eis que aqui e ali, vão se juntando pessoas, mas 20 mil pessoas em Brasília para mim foi uma surpresa.

Houve manifestações em São Paulo, Rio, Belo Horizonte e em outras capitais, mas 20 mil pessoas foram a esplanada dos ministérios e à praça dos três poderes, no último dia 12 de outubro para fazer as mesmas reivindicações que os colegas das outras capitais, protestar contra a corrupção, defender a constitucionalidade da ficha limpa e a instituição do voto aberto para os nobres deputados e senadores, entre outros.

O movimento é espontâneo, obviamente começou com anônimos indignados com a roubalheira, e foi alimentado pelas redes sociais e está bombando, sem participação de nenhum partido político, sindicatos e nem mesmo da UNE, que agora serve ao poder e está parecendo o PMDB, totalmente fisiológico..

As pessoas carregam vassouras, fantasiam-se de presidiários, usam batas pretas, carregam caixões, mascaras diversas, nariz de palhaço, o conteúdo é serio mas a forma da manifestação é alegre, bem brasileira.

Um carnaval pela ética e contra os corruptos, não são contra o governo, nem congresso, e nem judiciário mas são um aviso e isso tira os cidadãos do marasmo, dissemina a indignação, constrange os políticos e agentes públicos, cobra seriedade das instituições responsáveis pela impunidade, e demonstra um novo estágio da democracia no nosso País.

Lembre-se

Faça com que as ações do deputado que você elegeu sejam em defesa dos interesses da sociedade e não dos seus próprios interesses, quando um político trata as coisas públicas como coisas privadas e legisla para atender aos seus interesses pessoais e privados, a política e a ética desaparecem.

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