Bom dia gestores,
Viracopos hoje
Com a previsão de três novas pistas e um novo terminal de passageiros, o aeroporto de Viracopos, em Campinas, se tornará o maior do país em 2023, exigindo da empresa que assumir sua concessão investimentos de até R$ 11,4 bilhões nos 30 anos de vigência do contrato. No fim do período, passarão por Viracopos cerca de 90 milhões de passageiros todos os anos, 16 vezes mais que o fluxo observado em 2010.
Viracopos hoje
Com a previsão de três novas pistas e um novo terminal de passageiros, o aeroporto de Viracopos, em Campinas, se tornará o maior do país em 2023, exigindo da empresa que assumir sua concessão investimentos de até R$ 11,4 bilhões nos 30 anos de vigência do contrato. No fim do período, passarão por Viracopos cerca de 90 milhões de passageiros todos os anos, 16 vezes mais que o fluxo observado em 2010.
Os dados constam dos
estudos econômico-financeiros que o governo apresentou ontem ao
Tribunal de Contas da União (TCU), passo necessário antes da
publicação dos editais definitivos de concessão dos aeroportos de
Viracopos, de Guarulhos e de Brasília. Nos estudos, foram
apresentados projeções de demanda, exigências de obras de
ampliação da infraestrutura, valores de investimentos e os lances
mínimos de disputa entre os grupos interessados.
O contrato com menor
duração será o de Guarulhos, com 20 anos, e valor mínimo de R$
2,293 bilhões no leilão. Vencerá quem oferecer o maior ágio. Como
se trata do aeroporto mais rentável atualmente, o futuro
concessionário precisará pagar uma taxa maior de “contribuição
variável” ao governo, espécie de “royalty” para alimentar o
Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC), que ficará responsável
por manter os investimentos na rede de aeroportos ainda sob
administração estatal, em Guarulhos, a taxa variável será de 10%
sobre a receita bruta do concessionário.
Em Brasília, cujo
contrato de concessão valerá por 25 anos, o lance mínimo no leilão
será de R$ 75 milhões. A diferença se explica pela estimativa
muito inferior de receitas e de necessidade de investimentos. O
operador de Brasília precisará pagar somente 2% de seu faturamento
ao FNAC.
Projeto do governo
Projeto do governo
Em Viracopos, a
validade do contrato será a maior de todas, com 30 anos. O valor
inicial de outorga será de R$ 521 milhões e o concessionário
entregará 5% de sua receita bruta todos os anos.
Mesmo distante mais de
90 quilômetros do centro de São Paulo, o aeroporto de Viracopos
será a principal alternativa do sistema para atender o crescimento
explosivo da demanda nas próximas décadas. Por isso, o governo
exigirá que o concessionário de Viracopos invista quase R$ 11,5
bilhões em obras, como três novas pistas, que se somarão à única
existente hoje. A conta é salgada, mas haverá uma recompensa: as
receitas provenientes de tarifas vão aumentar 348% e as
não-tarifárias (como aluguéis de lojas e estacionamento) deverão
subir 1.378% ao longo da concessão, ritmo até seis vezes maior ao
projetado para Guarulhos e Brasília.
O governo acredita que
Viracopos crescerá com a movimentação de cargas e de voos de longo
curso, competindo cada vez mais com Guarulhos, que chegará à
saturação em cerca de dez anos, mesmo com as ampliações previstas
a partir dos investimentos privados. “O aeroporto de Guarulhos
chega ao limite de pousos e decolagens em torno de 2020, considerando
o máximo de 320 mil movimentos (de aeronaves) por ano, enquanto
Viracopos atinge seu limite em 2037″, explicou ontem o
secretário-executivo da Secretaria de Aviação Civil, Cleverson
Aroeira, ao apresentar os estudos. O governo estudará soluções
para o aumento da demanda no longo prazo, segundo Aroeira, mas ele
admitiu que a construção do terceiro aeroporto de São Paulo “não
está no nosso planejamento hoje”.
Sucesso a todos,
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