Bom dia gestores,
Aprendi com o Prof.
Marques que o empreendedor é o indivíduo que faz acontecer,
consegue fazer coisas, ele destrói a ordem econômica existente por
meio da introdução de novos produtos e serviços, criando novos
modelos de negócios. O indivíduo passa a ser empreendedor no
momento que introduz nova combinação, podendo deixar de sê-lo a
partir do instante em que se torna um mero administrador de rotinas.
Para Schumpeter,
economista contemporâneo da escola austríaca, empreendedor é
diferente do administrador. O empreendedor
desenvolve uma ação empreendedora, ao mesmo tempo em que ele é o
principal responsável pela geração de novas ideias, novos
empregos, quando destrói os capitais obsoletos, as velhas
estruturas, causando redistribuição de riqueza e realocação de
recursos.
O administrador de empresas, gerencia e toma decisões de rotina, resolve problemas,
organiza o negócio, utilizando tecnologias e ferramentas já
existentes no mercado. O empreendedor cria um novo modelo de
negócios, um novo mercado, o que pode gerar perturbação do
equilíbrio e alterar para sempre o estado de equilíbrio previamente
existente na trajetória do desenvolvimento. Esta ruptura ocorre
através da inovação.
O administrador fica à
espera de oportunidades de mercado. O empreendedor arrisca, enxerga o
que os outros não enxeram e rapidamente, agarra oportunidades fora
do comum.
Qual é a força
motivadora do empreendedor? Para o psicólogo David McClelland
(1972), a resposta está centrada na pessoa que tem uma necessidade
de realização, de desejo, e ligado à teoria da evolução. O
homem, concebido como um animal empenhava-se na luta com a natureza,
pelo esforço, possuindo um desejo ou vontade de sobrevivência.
McClelland, pelo que
entendi, desenvolveu um método que media a intensidade e preocupação
de uma pessoa com a realização. Logo depois, sua pesquisa foi
reconhecida e generalizada por outros motivos, não apenas de
"necessidade de realização", mas também pela necessidade
de afiliação e poder. No conjunto de realização, o indivíduo
desenvolve características de comportamento como, busca de
oportunidades e iniciativa, correr riscos calculados, exigência de
qualidade e eficiência, persistência e comprometimento. No conjunto
de poder, o empreendedor utiliza a persuasão e rede de contatos (
age para desenvolver e manter relações comerciais, utilizando
pessoas-chave como agentes para atingir seus próprios objetivos,
além de criar estratégias deliberadas para influenciar ou persuadir
os outros).
Ainda no conjunto de
poder, busca a independência e autoconfiança, com autonomia, mantém
seus próprios pontos de vista mesmo diante da oposição,
expressando confiança em sua capacidade de completar uma tarefa
difícil ou de enfrentar um desafio.
No conjunto de
planejamento, o empreendedor dedica-se pessoalmente a obter
informações, estabelece metas, planeja e monitora de forma
sistemática. É uma pessoa que tem visão de longo prazo clara e
específica, e estabelece objetivos de curto prazo mensuráveis. E as
metas? Empreendedor não anda por aí batendo metas para os outros,
ele estabelece suas próprias metas, que são desafiantes e que têm
um significado pessoal.
Para McClelland, o
empreendedor é um homem ativo, realizador, com alta necessidade de
realização e que se esforça por superar metas individuais, é um
homem cujo trabalho lhe ofereça responsabilidade pessoal, retorno e
riscos moderados.
Tanto McClelland, como
Schumpeter, consideram o empreendedor como um agente de
desenvolvimento, que decide em condição de incerteza, usando a
imaginação, julgamento e muita criatividade para perceber a
oportunidade fora do comum.
Enquanto McClelland
procurou estudar a dimensão comportamental da figura do empreendedor
e sua relação com o desenvolvimento econômico, Schumpeter
identificou a figura do empreendedor como aquele que, na ação,
empreende, inova e impacta a economia. É um verdadeiro agente de
mudanças, na procura de oportunidades, em um processo contínuo de
destruição criadora.
Acho que é isso,
Sucesso a todos,
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