Bom dia gestores,
Assunto muito discutido
em sala de aula, Logística, 2o e 3o módulos, com apresentação de vídeos ilustrando o processo.
Clique na imagem para visualizar o mapa.
O Brasil possui uma
costa litorânea de aproximadamente 9.200 quilômetros,
característica geográfica que faz com que muitos especialistas no
setor de transportes apontem a cabotagem como o melhor modal para o
escoamento da produção nacional. No entanto, não é isso o que
acontece; no País, apenas 15% das mercadorias utilizam este tipo de
movimentação para chegarem aos seus destinos.
De acordo com Roberto
Rodrigues, presidente da Mercosul Line, um dos motivos, que levam a
baixa porcentagem da utilização deste modal, é o fato dos
investimentos das empresas no setor serem recentes. “Até poucos
anos atrás não havia muitas empresas que operavam a cabotagem, ou
seja, não existia um serviço consistente com regularidade, isso
está mudando no Brasil. Hoje as companhias oferecem operações
semanais, tem garantia que a entrega será feita. Há um investimento
na frota e na aquisição de navios mais novos”, afirmou.
Os números comprovam
esta mudança; segundo o executivo, o mercado de cabotagem cresce de
10 a 15% ao ano no Brasil. Rodrigues destaca a vantagem que os
produtores já estão enxergando na utilização do serviço, que
chega a ser 30% mais econômico que o modal rodoviário (responsável
por mais da metade do transporte nacional). Além de ser mais
vantajosa financeiramente, a utilização deste recurso também é
menos poluente que o uso de caminhões.
O dirigente ressaltou
que o serviço ainda preserva mais a integridade do produto
transportado e diminui a incidência de mercadorias roubadas. “A
carga de valor agregado alto, como o caso dos eletrônicos, se
beneficia muito da cabotagem pelo custo do frete e, principalmente,
pelo risco de roubo de cargas e avarias ser menor, uma vez que o
trajeto utilizando caminhões é mais restrito, basicamente, entre o
porto e o destino final”, declarou o executivo que ressaltou que a
má conservação das estradas brasileiras aumenta o risco de dano a
carga rodoviária.
No Brasil, o transporte
por meio da cabotagem é feito por contêineres e o fluxo de produtos
se divide em duas formas: as embarcações, que saem do Sul em
direção ao Norte, levam alimentos refrigerados, materiais de
construção, aço e matérias primas em geral para as indústrias do
norte e nordeste, já no sentido oposto, do Norte para o Sul, os
navios são carregados com eletrônicos e embalagens pet, em função,
principalmente, do polo industrial de Manaus.
Outro setor que poderia
se beneficiar da cabotagem é o automotivo, ou pelo menos parte dele.
“No Brasil, o transporte de veículos é feito majoritariamente por
caminhões cegonhas, praticamente não possuímos este tipo de
serviço por cabotagem, até porque não existe no País navios
(Navios Ro-Ro) que operem esta carga, e fazê-lo por contêineres não
é economicamente viável. O que poderia ser feito é utilizar as
embarcações para movimentarem motos e peças de reposição que
podem ser conteinerizadas”, explicou.
Para Rodrigues, o
Brasil poderia acelerar a utilização da cabotagem se houvesse mais
incentivos a este modal, como, por exemplo, uma disponibilidade maior
de horários para a navegação entre portos nacionais, atualmente, a
preferência são para as de longo curso. Além disso, os gargalos na
infraestrutura portuária prejudicam as operações devido ao tempo
que as embarcações perdem paradas nos terminais.
Sucesso a todos,
Sucesso a todos,
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