Governo cede ao lobby das montadoras nacionais e aumenta IPI dos importados.

Bom dia gestores,



Mesmo sabendo que os carros brasileiros são caros, não possuem tecnologia e ainda são muito ruins, e as montadoras de importados trabalham com margens infinitamente menores, para conseguir participação no mercado, o governo anunciou, o aumento do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) aos veículos que possuírem índices de nacionalização inferior a 65%. Assim, as empresas que não cumprirem a exigência terão que arcar com uma alíquota 30% superior a cobrada anteriormente. Em contrapartida, as empresas que possuírem essa porcentagem e investirem em tecnologia terão redução do tributo.

A medida terá vigência até dezembro do próximo ano e inclui automóveis de passeio, tratores, ônibus, caminhões e veículos comerciais leves. Os únicos veículos que estão fora desta exigência de nacionalização são os fabricados na Argentina, pois Brasil possui um regime automotivo comum com o país vizinho.

Além de possuir um índice de nacionalização de 65% sobre os produtos, as fabricantes que quiserem o benefício deverão investir em tecnologia, todos os veículos produzidos fora do Mercosul passarão a pagar impostos automaticamente.

Guido Mantega, ministro da Fazenda e responsável pelo anúncio, explicou que os importados terão um reajuste de 25% a 30%. A percentagem variará conforme a motorização, assim os veículos até mil cilindradas terão o IPI passando dos atuais 7% para 37%, os mais potentes, de mil cilindradas a duas mil cilindradas, terão a alíquota ampliada de 11% e 13% para 41% a 43%.

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior verificará em 60 dias as empresas aptas a receberem o benefício. As montadoras terão 15 meses para manterem ou ampliarem os investimentos em melhorias tecnológicas.

Segundo Mantega, a medida tem intenção de proteger as fabricantes nacionais da entrada dos importados que se intensificou depois da crise de 2008. “O Brasil passou a sofrer o assédio da indústria internacional. O consumo de veículos está aumentado, mas essa expansão está sendo preenchida pelas importações. Existe o risco de exportamos empregos para o exterior”, relatou.

Sinceramente não entendo essa lógica, as vendas desses importados pelo que leio por aí, representam 6,64% do mercado interno, e o que encheu os pátios das montadoras foi a retenção de crédito aos consumidores, política idealizada pelo próprio governo.

Obviamente é mais fácil aumentar os impostos dos importados, do que abaixar o IPI dos nacionais, vão proteger os financiadores de campanha às custas dos consumidores.

Sucesso a todos,

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