Bom dia gestores,
Escoamento da produção
no Brasil é 43% mais caro que nos EUA, assunto discutido em sala de aula e verificado em índices e estudos da CNT e da ILOS, já postados no blog.
A infraestrutura de
logística norte-americana foi um dos aspectos que mais chamaram a
atenção da comitiva da Aprosoja durante do ‘Intercâmbio da
Soja’. Principalmente quando se compara as condições vividas
cotidianamente pelos produtores brasileiros para o escoamento da
produção com o cenário encontrado nas fazendas visitas durante o
intercâmbio. “Tudo foi planejado aqui há muito tempo.
O processo de ocupação urbana ocorreu ao lado de grandes projetos logísticos”, observa o delegado da Aprosoja, Adolfo Petry.
O processo de ocupação urbana ocorreu ao lado de grandes projetos logísticos”, observa o delegado da Aprosoja, Adolfo Petry.
Um dos grandes diferenciais é a composição do mix de modais existentes. Nos Estados Unidos, as hidrovias correspondem a 61% das opções de logística, as ferrovias perfazem 23% e as rodovias, 16%. No Brasil, o que prevalece é o modal rodoviário, que responde por 60% do total. As ferrovias somam 33%, e as hidrovias, apenas 7%. Em outras palavras: há um sub-aproveitamento do potencial hidroviário brasileiro – que é considerado por suas características estruturais a opção mais barata para o escoamento de produtos.
Estimativa do Instituto
Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) com base em dados da
Agência Nacional de Transportes Aquáticos (Antaq) mostra que para
transportar uma tonelada de grãos por hidrovia é necessário pagar
US$ 17,00, enquanto esse valor vai para US$ 55,00 no modal
ferroviário e sobe para US$ 65,00 no rodoviário.
A fragilidade dos
transportes no Brasil acaba criando o chamado “Custo Brasil”, um
dos principais fatores de redução da rentabilidade no setor
produtivo rural. Independentemente dos resultados obtidos “dentro
da porteira”, produzir em solo nacional é mais caro. Para se levar
um produto do interior de Mato Grosso até o porto, com destino a
Xangai, na China, o produtor precisa desembolsar US$ 174,57 por
tonelada – um valor 43% superior aos custos que um produtor
norte-americano teria para percorrer a mesma distância partindo de
Minnesota, por exemplo.
“Para nós ficou
clara a importância da logística. As empresas que visitamos, que
têm uma grandiosa atuação mundial, são hoje cada vez mais focadas
em logística, porque sem esse aspecto o nosso negócio simplesmente
não existe”, avalia Petry. Uma das alternativas encontradas pelos
Estados Unidos para manter o investimento em infraestrutura tem sido
a participação do setor privado, que controla trechos de ferrovias
ou detém concessão para o gerenciamento de portos e terminais.
“Agora, temos a missão de buscar a nossa fórmula para esse
problema”, disse o delegado da Aprosoja.
Sucesso a todos,
Sucesso a todos,
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