O município de São Paulo deve ter, em meados deste ano, a primeira frota de ônibus abastecidos com 10% de diesel de cana misturado ao derivado do petróleo, em teste em São Paulo desde julho do ano passado.
Os testes com a mistura apontaram uma redução de, em média, 30% nas emissões de gases poluentes medidos por um equipamento conhecido como opacímetro, o mesmo utilizado em frotas de caminhões.
"Em alguns momentos, a redução chegou a 40%", diz Adilson Liebsch, executivo da Amyris Biotechnologies, empresa que desenvolveu o diesel de cana. A Secretaria dos Transportes, a Petrobras, a Viação Santa Brígida e a Mercedes-Benz foram parceiras no projeto.
Três ônibus rodaram durante seis meses com 10% de diesel de cana, 5% de biodiesel (mamona, soja etc.) e 85% do combustível fóssil. Veículos iguais transitaram nas mesmas condições e trajetos abastecidos com a mistura convencional (5% de biodiesel e o restante com o derivado do petróleo).
"Não percebemos diferença. Observamos o mesmo consumo de combustível e o mesmo desempenho", diz Gilberto Leal, gerente de desenvolvimento de motores da Mercedes-Benz.
Itamar dos Santos, da Viação Santa Brígida, diz que a empresa pretende dar continuidade ao projeto. "Estamos em negociações para colocar cerca de 250 carros com diesel de cana nas ruas", diz.
Segundo Liebsch, a primeira frota deve começar a rodar em meados deste ano.
Márcio Schettino, assessor de assuntos ambientais da SPTrans, diz que o novo diesel pode ajudar a cumprir determinação de abastecer ônibus públicos com combustíveis renováveis a partir de 2018, em cumprimento à lei municipal 14.933, de 2009.
Para Liebsch, restrições na oferta de cana não serão um entrave, pois o rendimento do diesel de cana seria melhor do que o do etanol.
Fonte - Folha.com
sucesso a todos,
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